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Bolsonaro em formatura militar: “Marcharei para onde o povo apontar”

Presidente disse que Brasil vive “momento difícil” em razão da pandemia e da guerra, mas que em breve caberá a ele uma decisão

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Fotografia colorida do presidente bolsonaro militar exercito plano de guerra militares
1 de 1 Fotografia colorida do presidente bolsonaro militar exercito plano de guerra militares - Foto: Michael Melo/Metrópoles

Em discurso durante formatura da Marinha no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (8/6), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que o Brasil vive “momento difícil” em razão da pandemia e da guerra, e que “marchará para onde o povo apontar”.

“O Brasil vive momento difícil, uma pós-pandemia e uma guerra que atinge a toda a humanidade. O que sofremos aqui não é exclusividade do nosso Brasil, mas acreditamos, temos fé que sairemos vitoriosos”, iniciou Bolsonaro em discurso.

Em seguida, ele exaltou a atuação das Forças Armadas e disse que em breve deverá ser tomada uma decisão:

“Forças Armadas, guardiãs da nossa Constituição. Forças Armadas, respeitadas e garantidoras da nossa democracia e da nossa liberdade. Vivemos momentos difíceis, mas não podemos e não devemos nos lamuriar por isso. Muito pelo contrário, devemos dar graças a Deus porque por nós, hoje aqui presentes, todos nós, o futuro da nossa pátria. E a nós caberá a decisão, mais cedo ou mais tarde, porque temos realmente um futuro pela frente, mas não o nosso, o dos nossos filhos e dos nossos netos”.

“Eu hoje tenho orgulho de dizer que tenho um governo que acredita em Deus, que respeita os seus militares, que defende a família brasileira e deve lealdade a seu povo. Eu marcharei para onde o povo assim apontar. O Brasil é nosso”, continuou.

Na terça-feira (7/6), Bolsonaro deu declarações incisivas contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e questionou o resultado das eleições. Em uma das falas, disse não ser mais do tempo em que se cumpre decisão do STF.

“Eu fui do tempo em que decisão do Supremo não se discute, se cumpre. Eu fui desse tempo. Não sou mais. Certas medidas saltam aos olhos dos leigos. É inacreditável o que fazem. Querem prejudicar a mim e prejudicam o Brasil”, declarou em evento no Palácio do Planalto.

Ele afirmou ainda que ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) agem com arbítrio e classificou essa atuação de “estupro à democracia brasileira”.

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A troca de farpas preocupa.  Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro
A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022
“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente
“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou
Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral
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Desde eleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) tem travado grandes embates com a Justiça Eleitoral. Ele é, juntamente com aliados, uma das principais vozes no questionamento do processo brasileiro

Felipe Menezes/Metrópoles
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A troca de farpas preocupa. Em tentativa de minimizar os conflitos, o ministro Luiz Fux, inclusive, tentou realizar reunião entre os três Poderes. Contudo, logo voltou atrás e cancelou o encontro declarando que o presidente da República insiste em atacar integrantes do STF e colocar sob suspeição o processo eleitoral brasileiro

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A declaração de Fux foi feita após Bolsonaro voltar a ameaçar a realização das eleições de 2022

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“É uma resposta de um imbecil. Lamento falar isso para uma autoridade do STF. O que está em jogo é o nosso futuro e a nossa vida, não pode um homem querer decidir o futuro do Brasil na fraude”, disse o presidente

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“Não tenho medo de eleições. Entrego a faixa para quem ganhar no voto auditável e confiável. Dessa forma, corremos o risco de não termos eleições no ano que vem”, declarou

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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Durante as lives semanais, o assunto é recorrente. Bolsonaro prometeu que apresentaria, em uma delas, prova de fraudes eleitorais que supostamente ocorreram em 2014. No entanto, acabou alegando que “não tem como comprovar que as eleições foram fraudadas” e, mesmo assim, prosseguiu atacando o sistema eleitoral

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Em resposta, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, portaria da Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral para a instauração de um inquérito administrativo contra Bolsonaro. Além disso, pediram ainda que o incluíssem em outro inquérito, o das fake news

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Bolsonaro, por sua vez, criticou o inquérito e ameaçou o STF. “O meu jogo é dentro das quatro linhas, mas se sair das quatro linhas, sou obrigado a sair das quatro linhas. O Moraes, ele investiga, ele pune e ele prende. Se eu perder as eleições vou recorrer ao próprio TSE? Não tem cabimento”, afirmou em entrevista ao canal da Jovem Pan

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Após a declaração de Bolsonaro, Alexandre de Moraes postou no twitter que “ameaças vazias e agressões covardes não afastarão o STF de exercer sua missão constitucional de defesa e manutenção da democracia e do Estado de direito”

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Jair Bolsonaro reclamou da retirada de veículos blindados

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Como consequência da ação, o TSE enviou ao STF uma notícia-crime contra o presidente

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Recentemente, o conflito entre Jair e o TSE ganhou novos capítulos. Isso porque Bolsonaro passou a estimular um clima de disputa entre o TSE e as Forças Armadas

Cleber Caetano/Presidência da República
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Durante lives semanais, o chefe do Executivo federal acusou o TSE de “carimbar como confidenciais” sugestões dos militares para aprimorar a segurança das urnas eletrônicas e voltou a colocar em dúvida a segurança do sistema de contagem dos votos

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Cenário internacional

Tentando reverter a imagem de isolamento internacional, Bolsonaro disse na solenidade desta quarta-feira que “todos querem conversar e fazer negócios com o Brasil”. O mandatário viaja na noite de hoje para Los Angeles, Estados Unidos, onde participa da 9ª Cúpula das Américas. Na quinta-feira (9/6), ele tem reunião bilateral com o presidente americano, Joe Biden.

“O Brasil é respeitado no mundo todo, todos querem conversar e fazer negócios com o Brasil, porque acreditam que o nosso país está no rumo certo. Em que pesem as críticas, o importante é que cada um sabe da verdade, cada um sabe de como deve se comportar e para que lado deve rumar”, disse o mandatário.

Agenda no Rio

Bolsonaro cumpre agenda no Rio nesta quarta-feira. Às 12h, deve participar de evento promovido pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), ocasião em que se encontrará com empresários e deverá proferir palestra.

Acompanham o presidente na agenda no Rio os ministros da Secretaria de Governo, Célio Faria Júnior, e do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

A comitiva presidencial retorna a Brasília à tarde, de onde deve decolar para os Estados Unidos por volta das 22h30.

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