Bolsonaro elogia bancos que não taxaram cheque especial
De manhã, o presidente defendeu a taxação como “medida para reduzir os juros” para quem precisar usar limite
atualizado
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Depois de criticar o Podemos, pela manhã, pelo fato de a legenda entrar com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a cobrança por parte dos bancos sobre o limite de cheque especial, o presidente Jair Bolsonaro, na noite deste sábado (11/01/2020) usou suas redes sociais para elogiar a atitude dos Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal de optarem pela não cobrança sobre os limites disponíveis acima de R$ 500,00 para o cliente, mesmo que sem o uso.
“O Banco do Brasil informa que não cobrará tarifa sobre o cheque especial de seus clientes. O mesmo já vem acontecendo com a CEF. Você sabe quem indicou os presidentes do BC, CEF, BNDES e BB no Governo Jair Bolsonaro? E nos governos anteriores, como eles eram indicados?”, questionou o presidente em postagem no Twitter.
– O Banco do Brasil informa que não cobrará tarifa sobre o cheque especial de seus clientes. O mesmo já vem acontecendo com a CEF.
– Você sabe quem indicou os presidentes do BC, CEF, BNDES e BB no Governo Jair Bolsonaro? E nos governos anteriores, como eles eram indicados?
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 11, 2020
A cobrança foi permitida por uma resolução do Banco Central que passou a vigorar no início deste ano. No entanto, a maioria das instituições bancárias do país, públicas e privadas, optaram por não realizar a cobrança sobre o cheque-especial acima dos R$500,00 não utilizados pelo cliente. A regra está sendo contestada pelo Podemos por meio de uma Ação de Inconstitucionalidade apresentada ao STF.
Pela manhã, o presidente alegou que a tarifa fazia “parte de uma medida para reduzir os juros do cheque especial que passam a ficar limitados em 8% ao mês”, referindo-se a quem usa o limite oferecido pelos bancos.
– O Partido PODEMOS entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade, no STF, contra a cobrança de tarifa no cheque especial. A tarifa faz parte de uma medida para reduzir os juros do cheque especial que passam a ficar limitados em 8% ao mês.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) January 11, 2020
A alegação do presidente, no entanto foi rebatida pelo Podemos, que emitiu uma nota classificando o argumento do presidente de “estelionato retórico”.