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Bolsonaro e Putin conversam sobre fabricação da Sputnik V no Brasil

Ministério da Saúde comprou 10 milhões de doses no início de março, mas imunizante russo ainda precisa do aval da Anvisa

atualizado

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Fotos Hugo Barreto/Metrópoles
Coletiva à imprensa sobre o programa águas Brasileiras com o presidente Jair Bolsonaro, no palácio do planalto.
1 de 1 Coletiva à imprensa sobre o programa águas Brasileiras com o presidente Jair Bolsonaro, no palácio do planalto. - Foto: Fotos Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) conversou, nesta terça-feira (6/4), por telefone, com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, para tratar sobre a aquisição e fabricação da vacina russa Sputnik V no Brasil.

“Um dos assuntos mais importantes que tratamos aqui é a possiblidade de nós virmos a receber a vacina Sputnik. […] Uma conversa muito produtiva. Se Deus quiser, brevemente estaremos resolvendo essa questão da vacina Sputnik”, disse o presidente em vídeo publicado nas redes sociais.

A ligação entre os dois presidentes ocorre em um momento em que a União Química, responsável pelo imunizante contra a Covid-19, tenta aval junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicar a vacina no Brasil.

Em 27 de março, a Anvisa informou a suspensão da análise do pedido para uso emergencial de 10 milhões de doses adquiridas pelo Ministério da Saúde.

A medida ocorreu em razão da falta de dados exigidos para avaliação, como especificações de qualidade e informações do tempo médico de acompanhamento dos pacientes que fizeram parte dos estudos clínicos.

Na ocasião, dados do painel da Anvisa mostraram que 18,6% da documentação necessária para obter registro emergencial não foram apresentados. Além disso, outros 18,2% estão pendentes de complementação.

Apesar da suspensão, a análise de 62% dos documentos continua. O prazo de sete dias voltará a correr quando o restante dos documentos forem enviados.

Sputnik V

A vacina russa Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya e autorizada para uso emergencial pelo governo da Rússia antes mesmo do fim dos estudos clínicos.

De acordo com dados publicados na revista científica The Lancet, o imunizante tem eficácia global de 91,6% contra casos sintomáticos de Covid-19. E deve ser aplicado em duas doses, em um intervalo de 21 dias.

Em 12 de março, o Ministério da Saúde assinou um contrato para a compra de 10 milhões de doses da Sputnik V.

Pelo cronograma do governo, a previsão é de que 400 mil doses cheguem ao país até o fim de abril; outros 2 milhões no fim de maio; e mais 7,6 milhões em junho.

Além das doses adquiridas pelo governo, o Consórcio de Governadores do Nordeste fez a compra de 37 milhões de doses, mas o grupo definiu que a quantidade integrará o Plano Nacional de Imunização do governo federal.

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