Bolsonaro e Itamaraty aprovam “combate ao terrorismo”
Ministério das Relações Exteriores afirma que o país está pronto para participar de “esforços internacionais” para evitar escalada militar
atualizado
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O Ministério das Relações Exteriores afirmou nesta sexta-feira (03/01/2020) que o governo brasileiro “não pode ser indiferente” à “ameaça” de terrorismo “que afeta inclusive a América do Sul”. Na noite de quinta (02/01/2020), o general iraniano Qassim Suleimani foi morto pelas tropas dos Estados Unidos, no aeroporto internacional de Bagdá.
Pouco antes, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em entrevista ao jornalista José Luiz Datena, na Band, Bolsonaro reforçou que a posição do Brasil é “se aliar a qualquer país do mundo no combate ao terrorismo”. “Nós sabemos, em grande parte, o que o Irã representa para os vizinhos e para o mundo”, criticou, se alinhando à posição dos Estados Unidos.
O presidente também citou suposto envolvimento do general iraniano com o atentado à Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em 1994, quando o governo do Irã foi acusado por procuradores do país sul-americano de patrocinar o ataque.
Em nota divulgada na tarde desta sexta-feira, o Itamaraty afirmou que o país está pronto para participar de “esforços internacionais” para evitar esses conflitos, porque o “terrorismo não pode ser considerado um problema restrito ao Oriente Médio e aos países desenvolvidos”.
“Diante dessa realidade, em 2019 o Brasil passou a participar em capacidade plena, e não mais apenas como observador, da Conferência Ministerial Hemisférica de Luta contra o Terrorismo, que terá nova sessão em 20 de janeiro em Bogotá”, escreveu.
Segundo a pasta, o governo federal acompanha com atenção os desdobramentos da ação no Iraque, decorrentes da crise entre os EUA e o Irã. “Inclusive seu impacto sobre os preços do petróleo, e apela uma vez mais para a unidade de todas as nações contra o terrorismo em todas as suas formas”.
Combustíveis
O presidente Jair Bolsonaro ressaltou a preocupação em torno do possível aumento dos combustíveis nos próximos dias. Se houver novas tarifas, o presidente afirmou que vai “tomar providências”, mas não interferirá na política de preços da Petrobras.