Bolsonaro e Fernández se reúnem em março, diz ministro argentino
Felipe Solá esteve reunido com o presidente brasileiro na tarde desta quarta. Mais cedo, pediu ajuda do Brasil para renegociar com FMI
atualizado
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O ministro de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Cultura da Argentina, Felipe Solá, afirmou nesta quarta-feira (12/02/2020) que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) sugeriu a possibilidade de se reunir com o presidente argentino, Alberto Férnandez, no Uruguai.
“Falamos sobre o futuro, falamos sobre a possibilidade de que se encontrem em 1º de março no Uruguai, o presidente Alberto Fernández com o presidente Jair Bolsonaro. No Uruguai, por razão da posse do presidente constitucional do Uruguai [Luis Lacalle Pou]”, disse Solá, após se reunir com Bolsonaro no Palácio no Planalto, na tarde desta quarta.
Questionado sobre quem sugeriu a reunião, o chanceler argentino disse que a proposta foi feita por Bolsonaro.
Divergências
A reunião entre ambos os presidente se daria depois de divergências públicas. Logo após as eleições argentinas, vencidas pela chapa Fernández/Cristina Kirchner, Bolsonaro – que apoiou a reeleição de Maurício Macri – disse que o povo do país vizinho escolheu muito mal.
Após isso, o governo brasileiro confirmou que não enviaria nenhum representante do alto escalão à posse de Fernández, realizada em dezembro de 2019. De última hora, o presidente decidiu mandar o vice Hamilton Mourão, por uma estratégia política em preservar as relações comerciais.
Numa mudança de postura, Bolsonaro afirmou que uma visita de Fernández ao Brasil seria uma “satisfação“: “Se ele quiser nos visitar, estou à disposição. Ele está convidado. Se quiser visitar o Brasil, será motivo de satisfação”, afirmou.
Itamaraty
Mais cedo, o chanceler argentino participou de uma reunião no Itamaraty com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.
O Itamaraty informou que, no encontro, foram discutidos temas da agenda bilateral e regional, além de questões internas e externas do Mercosul.
Após a reunião com Araújo, Solá pediu a ajuda do governo brasileiro para renegociar a dívida da Argentina, no valor de aproximadamente US$ 44 bilhões, junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI).