Bolsonaro é “caviloso”, “desonesto” e tem “índole golpista”, diz Renan
Relator da CPI da Covid-19 afirmou que o Brasil presenciou o “maior rebaixamento civilizatório” com o governo Jair Bolsonaro
atualizado
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Em discurso de despedida antes da votação do relatório final da CPI da Covid-19, o relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), classificou, nesta terça-feira (26/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de “caviloso”, “desonesto” e “de índole golpista”.
O emedebista sustentou que o Brasil presenciou o “maior rebaixamento civilizatório”, com “crimes aterradores”, “escárnio com a vida e desprezo com a dor”, em referência às declaração de Bolsonaro minimizando a Covid-19 e as perdas causadas pela pandemia do novo coronavírus.
“O caos do governo Jair Bolsonaro entrará para história como o mais baixo degrau da indigência humana e civilizatória. Reúne o que há de mais rudimentar, infame e sombrio da humanidade. [O governo] sabotou a ciência. [Bolsonaro] é despreparado, desonesto, caviloso [ardiloso, fraudulento, enganador], arrogante, autoritário, com índole golpista, belicoso e agiu como missionário para matar o próprio povo”, declarou Calheiros.
“Este relator está convencido que há um homicida homiziado [foragido da Justiça] no Palácio do Planalto”, acrescentou.
A comissão realiza, na noite desta terça-feira, a votação do relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL), com 80 pedidos de indiciamentos – entre eles, o presidente Jair Bolsonaro e seus filhos Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro. A votação do relatório, de forma nominal, será o verdadeiro teste da unidade do grupo majoritário na comissão.