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Bolsonaro duvida de Lula em “eleição limpa”: “Espero que povo acorde”

Presidente disse que petista tem ganhado apoio porque já teria negociado a entrega dos comandos de ministérios e estatais do país

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Bolsonaro fala com a imprensa antes da viagem para a Rússia, onde se encontra com o presidente Vladimir Putin. Ele aparece gesticulando, com um segurança e carro ao fundo - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaro fala com a imprensa antes da viagem para a Rússia, onde se encontra com o presidente Vladimir Putin. Ele aparece gesticulando, com um segurança e carro ao fundo - Metrópoles - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a criticar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e afirmou, nesta sexta-feira (18/2), que a população precisa ver se o petista tem chance de ganhar as eleições para a Presidência da República “em uma eleição limpa”.

“A gente tem preocupação. Espero que o povo acorde. Não estou dizendo que eu sou o melhor cara do mundo. Tem muita gente melhor do que eu por aí, mas veja se essa pessoa tem chance em uma eleição limpa, se ela tem chance de chegar lá”, prosseguiu.

Durante transmissão ao vivo nas redes sociais, o atual chefe do Executivo federal afirmou, sem provas, que Lula tem recebido apoio porque tem negociado a entrega de ministérios e estatais. Ele ainda disse se a chapa do principal adversário político voltar ao comando do Palácio do Planalto, o Brasil viverá, no seu entender, “um caos”.

“Eles aqui [na Presidência] está na cara que eles não saem mais daqui. Teriam como prosseguir via voto e não mais sair daqui. Então, o Brasil estaria o caos, no meu entender. As informações que a gente tem — não comprovadas — é que o ex-presidiário ele tem conseguido muito apoio porque tem negociado ministérios, estatais. […] Não sei é verdade. [Eles dizem:] ‘Ó, para aquele líder partidário eu vou oferecer a Caixa Econômica federal e um ministério’. E também está nessa negociações essas duas vagas [para o STF] para o ano que vem, com promessas que eu não vou falar porque eu não tenho provas. […]”, afirmou Bolsonaro.

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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos
Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula
No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice
O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista
A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República
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Quinze anos depois de concorrerem como rivais nas eleições ao cargo de chefe do Executivo federal, o ex-presidente Lula (PT) e o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) ensaiam formar aliança inusitada para 2022

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Lula e Alckmin disputaram o segundo turno das eleições presidenciais de 2006 em uma campanha marcada por ataques mútuos. Lula saiu vencedor com 48,61% dos votos

Band/Reprodução
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Após a derrota, Alckmin seguiu como oposição ferrenha a Lula

Filipe Cardoso/ Metrópoles
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No entanto, mirando nas eleições de 2022, o ex-presidente mostrou interesse em ter Alckmin como vice

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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O ex-governador, inclusive, tem sinalizado favoravelmente ao petista

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A aliança entre os políticos é estratégica. Ter Alckmin como vice pode atrair setores do mercado e do empresariado que resistem ao nome de Lula como candidato à Presidência da República

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O tucano pode, também, agregar mais votos de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país

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De acordo com pesquisa realizada em setembro de 2021 pelo Datafolha, Alckmin estava na liderança para o governo paulista

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A aliança entre os políticos foi oficializada em abril de 2022. A "demora" envolveu, além das questões legais da política eleitoral, acordo sobre a qual partido o ex-governador se filiaria

Ana Nascimento/ Agência Brasil
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Ao ser vice de Lula, Alckmin almeja ganhar ainda mais projeção política, o que o beneficiará durante possível corrida presidencial em 2026

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“Ministérios tampões”

Ainda sobre as eleições, o presidente também disse, durante a live, que tem discutido com o presidente do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, e o seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o futuro dos chamados “ministérios tampões”.

Até o momento, o Palácio do Planalto contabiliza 11 ministérios que terão seus chefes substituídos após o processo de desincompatibilização, em preparativo para as eleições deste ano. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março.

Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. Na maioria das vezes, esses cargos são ocupados por interinos, no geral servidores de carreira da própria pasta. As trocas provocam um desfalque momentâneo e, em certa medida, esvaziam os ministérios.

“Temos conversado entre nós. Desses onze [ministérios], alguns eu já tenho os nomes [de quem irá comandar as pastas] definidos. Não quero falar qual é aqui. Outros não. Uns vão ser aí ministérios temporários, tampões, está certo? E haverá uma grande negociação política para isso daí. […] As negociações são mais com o presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, com o meu filho Flávio também, tem me ajudado bastante também o Ciro Nogueira, entre outros poucos. […] Estamos acertando”, disse Bolsonaro.

Segundo o presidente, a ideia é que os futuros ministros substitutos não tenham um perfil diferente dos atuais chefes das pastas para, de acordo com Bolsonaro, a estrutura interna dos órgãos não ser afetada.

“Pretendemos ouvir os ministros. Já estou ouvindo alguns. Alguns não vou aceitar a indicação deles, mas nenhuma briga entre nós. A indicação vai ser minha para esse ministério tampão para a gente não mexer muito. Se botar um cara diferente lá, o cara vai querer trocar todo mundo. Aí é complica.  O elemento tem que ter uma vida pregressa razoável. Não vamos achar santo, mas tudo bem. Tem muita gente boa que não deve nada para ninguém. Deve ter, obviamente a sua prioridade, mas agora tem que ter um certo potencial eleitoral”, afirmou.

Abaixo, veja quem são os ministros que devem deixar a Esplanada dos Ministérios:

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Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 2022
Delegado Anderson Torres está na mira da PF
Ciro Nogueira (PP) é o atual ministro da Casa Civil, mas pretende disputar o cargo de governador do Piauí (PI)
Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar uma vaga de senadora pelo Distrito Federal
O ministro das Comunicações, Fabio Faria
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Agência Brasil
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Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. A lei determina que autoridades do Executivo deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março de 2022

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Delegado Anderson Torres está na mira da PF

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Ciro Nogueira (PP) é o atual ministro da Casa Civil, mas pretende disputar o cargo de governador do Piauí (PI)

Isac Nóbrega/PR
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Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves (PP), vai disputar uma vaga de senadora pelo Distrito Federal

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O ministro das Comunicações, Fabio Faria

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Flávia Arruda (PL), que comandava a Secretaria de Governo, deixou o cargo para concorrer às eleições como senadora pelo DF

Divulgação
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Gilson Machado: aliado de Bolsonaro comandou o Ministério do Turismo

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Outro nome que deixou o primeiro escalão o cargo foi João Roma (Republicanos). Ele saiu do Ministério da Cidadania para concorrer ao governo da Bahia (BA)

Ministério da Cidadania/Divulgação
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Marcelo Queiroga (sem partido) quer disputar o cargo de senador ou governador da Paraíba (PB). Atualmente, ele comanda o Ministério da Saúde

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Marcos Pontes seria o favorito, no PL, para a disputa em São Paulo

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Onyx Lorenzoni (PL), ex-ministro do Trabalho e Previdência, também deixou o governo Bolsonaro para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul (RS)

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Rogério Marinho foi derrotado por Rodrigo Pacheco à presidência do Senado

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Ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas (Republicanos) disputará o governo de SP

Coluna Guilherme Amado/Metrópoles
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Tereza Cristina, ex-chefe do Ministério da Agricultura, lançou sua candidatura para concorrer a uma vaga no Senado pelo estado do Mato Grosso do Sul

Divulgação/MAPA

 

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