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Bolsonaro diz que vetaria reajuste do Judiciário se fosse presidente

Em entrevista, presidente eleito demonstrou interesse em melhorar diálogo com Congresso e apelou pelo apoio dos brasileiros, “sem exceção”

atualizado

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Bolsonaro
1 de 1 Bolsonaro - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse neste sábado (10/11) que, se já tivesse assumido o Palácio do Planalto, vetaria o reajuste salarial do Poder Judiciário aprovado pelo Senado na última quarta-feira. A declaração foi dada durante entrevista para a TV Record.

“Não tem outro caminho no meu entender. Até por essa questão de dar o exemplo. Antes da votação eu falei que era inoportuno”, respondeu o ex-capitão ao ser perguntado se vetaria o aumento de 16% previsto no projeto de lei votado pelos senadores. “Afinal de contas, é a classe que mais ganha no Brasil, a melhor aquinhoada”, declarou.

Na entrevista, divulgada pela conta de Bolsonaro no Twitter, ele afirmou também que a responsabilidade pela apreciação do reajuste salarial é do presidente Michel Temer: “Se eu fosse o presidente da República, eu procuraria o presidente do Senado para que o projeto não entrasse na pauta. Já que entrou, se o governo Temer quiser, pela lei da responsabilidade fiscal, ele pode vetar esse reajuste”.

Sobre a reforma da previdência, o presidente eleito lembrou que, por causa da intervenção federal no estado do Rio de Janeiro, não será possível fazer mudanças que dependam de emendas constitucionais. A legislação impede a aprovação de alterações na Carta Magna nessas circunstâncias.

A saída, então, será mexer apenas na legislação infraconstitucional. Mas Bolsonaro não esclareceu que tipo de reforma pretende propor para a previdência. Limitou-se a declarar que cumprirá os compromissos já firmados. “Temos contratos, essas pessoas começaram a trabalhar lá atrás, ou já trabalharam, e você tem de cumpri-los senão perde sua credibilidade”, disse.

Uma das saídas apresentadas pelo presidente eleito é o aumento da entrada de dinheiro no caixa, mas elevação de impostos. Segundo o futuro sucessor de Michel Temer, o economista Paulo Guedes, responsável pela área econômica de sua equipe ministerial, esse incremento será obtido com a abertura gradativa, com redução de impostos.

Em alguns momentos da entrevista, Bolsonaro demonstrou interesse em melhorar a relação com o Congresso. A falta de diálogo contribuiu para votação pelo Senado do reajuste do Judiciário. A decisão foi influenciada, também, por uma declaração de Paulo Guedes, futuro ministro da área econômica, de que o Legislativo precisava de uma “prensa” para aprovar a reforma da Previdência.

Sobre o Congresso, ele disse ainda que vai evitar o toma-lá-dá-cá dos últimos governos. Para isso, avalia, deve evitar derrotas em votações para evitar as práticas da velha política. O objetivo, afirmou, é ganhar a simpatia não apenas da população, mas também do Parlamento.

Por fim, o presidente eleito apelou para o apoio de todos os brasileiros, “sem exceção”, aos projetos importantes para melhorar a economia do país: “Estamos todos no mesmo barco. Eu, você e quem está nos assistindo”.

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