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Bolsonaro diz que vai atender servidores no Orçamento de 2023

Presidente afirmou reconhecer o valor de todos os servidores públicos, mas pediu que “entendam a situação que o Brasil ainda atravessa”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo filho Flávio Bolsonaro, na cidade de Eldorado, interior de São Paulo, nesta manhã de sábado, 22. A mãe do presidente, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 94 anos, faleceu na madrugada de sexta-feira (21). O Presidente cancelou viagem à Guiana e voltou ao Brasil para o enterro. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (PL), acompanhado pelo filho Flávio Bolsonaro, na cidade de Eldorado, interior de São Paulo, nesta manhã de sábado, 22. A mãe do presidente, Olinda Bonturi Bolsonaro, de 94 anos, faleceu na madrugada de sexta-feira (21). O Presidente cancelou viagem à Guiana e voltou ao Brasil para o enterro. Foto: Fábio Vieira/Metrópoles - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou, nesta segunda-feira (31/1), que vai atender os servidores públicos federais no Orçamento de 2023. Em recado ao funcionalismo, o mandatário pediu compreensão quanto à situação que o país ainda atravessa e sinalizou que o reajuste deverá vir apenas no próximo ano.

“Reconhecemos o valor de todos os servidores públicos federais, mas eu peço a eles que, por favor, entendam a situação que o Brasil ainda atravessa. Muitos perderam empregos, muitos tiveram seus salários reduzidos. Os servidores não tiveram por ação do governo federal”, disse o chefe do Executivo federal, em entrevista à TV Record, durante agenda no estado do Rio de Janeiro.

Assim, a esperança de Bolsonaro é na arrecadação deste ano. “Tendo em vista que nós devemos ter uma excelente arrecadação no corrente ano, por ocasião da feitura do Orçamento para 2023, nós vamos atender, com percentual bastante razoável, todos os servidores públicos do Brasil”, prosseguiu.

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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
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O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
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O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
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No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
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No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
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Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
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Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
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Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
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De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Na semana passada, Bolsonaro sancionou verba de R$ 1,7 bilhão para reajuste a servidores no Orçamento de 2022, mas não carimbou os recursos para categorias específicas. O reajuste efetivo ainda dependerá de atos do Executivo.

Depois de ter feito aceno aos policiais, que compõem sua base eleitoral, o presidente tem sido pressionado por outras categorias para conceder reajustes mais amplos.

No último sábado (29/1), o titular do Palácio do Planalto pontuou que espera a “melhor maneira possível” para resolver o impasse, mas ressaltou que “os recursos são poucos”.

“Tem um montante reservado que, por enquanto, está congelado. Ninguém, no momento, falou que vai conceder da nossa parte, ou não, o reajuste. O que eu peço que todos pensem é o seguinte: os recursos são poucos. […] Eu posso dar 1% para todo mundo ou reconhecer o valor de poucas categorias. Agora, outras também merecem e têm o seu valor. Mas não temos recursos para todo mundo”, afirmou, no sábado.

Impasse na economia

Segundo o colunista do Metrópoles Igor Gadelha, na tentativa de convencer o presidente a não conceder reajuste salarial a servidores públicos federais neste ano, a cúpula do Ministério da Economia tem alegado que a eventual concessão de reajuste a policiais federais poderá até impedir a reeleição de Bolsonaro em 2022.

O ministro Paulo Guedes prevê que o reajuste a uma única categoria do funcionalismo vai provocar uma enxurrada de ações judiciais de outras categorias solicitando o mesmo tratamento.

O próprio chefe da equipe econômica já relatou diretamente a Bolsonaro ter recebido alerta de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), de que o Judiciário pode acabar dando decisões atendendo o pedido das demais categorias.

Guedes prevê que eventual concessão de reajuste generalizada fará a inflação, que fechou 2021 em mais de 10%, explodir em 2022, o que trará mais desgaste político ao presidente em plena campanha eleitoral.

Agendas no Rio

O presidente da República participou, na manhã desta segunda, da pré-partida da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) do Gaslub Itaboraí.

À tarde, o mandatário comparecerá à cerimônia de lançamento da Pedra Fundamental da Usina Termelétrica Gás Natural Açu II (GNA II), em São João da Barra (RJ).

O evento desta manhã contou com a presença do governador do Rio, Cláudio Castro (PL), aliado de Bolsonaro.

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