Bolsonaro diz que usou cartão corporativo para trazer brasileiros da China
Os gastos da Presidência da República, que somaram R$ 3,76 milhões, dobraram entre janeiro e abril deste ano
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) justificou ter estourado os gastos com cartões corporativos porque financiou o envio de três aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) para resgatar brasileiros na China, quando o país asiático ainda era o epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus.
Ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta segunda-feira (11/05), Bolsonaro não deu entrevista, mas conversou com apoiadores. “A imprensa criticou o uso do cartão corporativo. Parte [da viagem] de três aviões que foram para a China foi financiada com o cartão corporativo”, justificou o presidente sobre reportagens publicadas no fim de semana.
No primeiro dia de vigência do decreto do governador Ibaneis Rocha (MDB) obrigando o uso de máscara, sob pena de multa de R$ 2 mil, Bolsonaro deixou a residência oficial com a proteção no rosto e interagiu com apoiadores sem se aproximar.
Os gastos com cartão corporativo da Presidência da República, usado para bancar as despesas sigilosas do presidente, dobraram entre janeiro e abril deste ano, se comparados com a média dos últimos cinco anos.
De acordo com o Portal da Transparência do governo, a fatura no período foi de R$ 3,76 milhões.