Bolsonaro diz que tirou verba do MST: “Propriedade privada é sagrada”
Presidente também ressaltou que estendeu o porte de armas para fazendeiros. “Tem que ter a reação de quem tá sendo invadido”, defendeu
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta segunda-feira (10/5), que o governo federal tirou o dinheiro de organizações não governamentais (ONGs) que atuam em conjunto com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e afirmou que a propriedade privada é “sagrada”.
O mandatário ressaltou que o governo federal estendeu o porte de armas para produtores rurais, que agora podem andar armados em toda a propriedade. “Tem que ter a reação de quem tá sendo invadido”, defendeu.
O chefe do Executivo federal falava com um apoiador do Pará quando destacou suas ações contra a invasão de terras na região.
“Tá mais devagar o MST lá? Tiramos dinheiro de ONGs deles, tem o porte estendido do fazendeiro, fazendeiro pode andar armado em toda a propriedade”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Decreto publicado ainda em 2019 permite que quem vive no campo e tem mais de 25 anos possa comprar armamento de qualquer calibre. Foi excluída a exigência mais rígida do Estatuto do Desarmamento: a comprovação da efetiva necessidade ou ameaça à integridade física.
A medida de Bolsonaro também estendeu o limite da posse para todo o perímetro da propriedade. Antes, a arma precisava ficar guardada na sede do imóvel rural.
A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi gravada e divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.