Bolsonaro diz que suicídio pode ter sido “efeito colateral” da Coronavac
O presidente afirmou que a postagem na qual ele disse ter ganhado de Doria foi feita por outra pessoa
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (12/11) que um “efeito colateral” da Coronavac pode ter causado o suicídio de um voluntário dos estudos da vacina. Segundo o presidente, esse é um ponto que precisa ser investigado para garantir a segurança da vacina.
“Pode ser o efeito colateral da vacina também. Tudo pode ser. Não sei se já chegaram à conclusão, mas esclarece e volta a pesquisar a vacina, a Coronavac, da China”, disse, durante a live diária que faz nas redes sociais para pedir votos a aliados.
“Estão tentando investigar, porque quando um pessoa comete suicídio geralmente tem um histórico de depressão, a mulher largou ele, o marido largou ela. Uma série de coisas: histórico familiar, perdeu o emprego, perdeu tudo. Vamos apurar a causa do suicídio e daí, obviamente, em sendo suicídio, não tem nada a ver com a vacina”.
Bolsonaro disse ainda que que não “comemorou a morte” do voluntário da Coronavac e que a postagem feita no Facebook, na qual ele disse que era mais uma que ele ganhava do governador de São Paulo, João Doria, era de autoria de outra pessoa.
“A vacina parece que tem alguma coisa esquisita por aí. Não vou falar aqui para evitar polêmica, que estou politizando a questão da vacina”, disse o presidente, ao lado da minsitra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves.
“Covardemente falaram que eu comemorei a morte de uma pessoa. Onde é que tem um vídeo meu, um áudio meu ou uma publicação minha nesse sentido? Eu colei uma matéria de terceiros na resposta de um elemento do Facebook, que não estava comemorando nada também, e grande parte da imprensa foi para o lado que eu comemorei a morte de uma pessoa”, reclamou o presidente.
O presidente se referiu às críticas, após ele ter compartilhado, na terça-feira (10/11), a informação de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) suspendeu os estudos clínicos da vacina Coronavac.
“Morte, invalidez, anomalia. Esta é a vacina que o Doria queria obrigar a todos os paulistanos tomá-la. O presidente disse que a vacina jamais poderia ser obrigatória. Mais uma que Jair Bolsonaro ganha”, escreveu, em rede social, ao responder ao comentário de um usuário.
Compra
Na live, o presidente ainda admitiu que pode autorizar a compra da “vacina chinesa”, se houver o aval dos órgãos competentes. Ele ressalvou, no entanto, que o preço não será o que o governador de São Paulo aceitou pagar. “Não pelo preço que um caboclo está querendo aí”, disse Bolsonaro.
O governo paulista estimou o custo unitário da dose da Coronavac em US$ 10 e ofereceu ao governo 100 milhões de doses, o que geraria um custo de R$ 1 bilhão.
“Da minha parte, havendo a vacina comprovada pela Anvisa e pelo Ministério da Saúde, a gente vai fazer uma compra, mas não é comprar no preço que um cabloco aí quer. Tá muito preocupado um caboclo aí que quer que essa vacina seja comprada a toque de caixa. Não é assim não, enfatizou o presidente.