Bolsonaro diz que seu discurso na ONU “vai ser em braille”
Presidente fará discurso na manhã de terça-feira (21/9), na abertura da 76ª Assembleia Geral da ONU. Ele não explicou o que quis dizer
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta segunda-feira (20/9), em Nova York, que seu discurso na abertura da 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) será em braille, sistema de escrita tátil usado por pessoas cegas ou com baixa visão.
Bolsonaro fará o discurso de abertura do debate geral da assembleia, na terça-feira (21/9), às 10h (horário de Brasília). A breve declaração sobre o pronunciamento no evento foi concedida a jornalistas na saída do hotel em que a comitiva presidencial brasileira está hospedada. O chefe do Palácio do Planalto não explicou o que quis dizer com a referência.
O mandatário brasileiro desembarcou nos Estados Unidos na noite de domingo (19/9) e ainda não tinha falado com a imprensa.
Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, na manhã desta segunda, Bolsonaro estava acompanhado pelos ministros Marcelo Queiroga (Saúde), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria-Geral da Presidência), Anderson Torres (Justiça e Segurança Pública) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e pelo secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Flávio Rocha.
Ao longo desta segunda, o presidente tem apenas dois compromissos oficiais na cidade norte-americana: uma reunião com o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e uma recepção oferecida pelo representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas, Ronald Costa Filho.
Na terça-feira, antes do discurso de abertura da sessão da ONU, Bolsonaro tem uma segunda reunião bilateral com o presidente da Polônia, Andrzej Duda. Ele também tem um encontro de praxe com o secretário-geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres.
Não estão previstas outras reuniões bilaterais, mas há expectativa de um breve encontro com o presidente dos EUA, Joe Biden, nos corredores do evento. O líder americano discursa logo na sequência de Bolsonaro.
A comitiva presidencial brasileira embarca de volta para Brasília ainda na noite de terça-feira.
Comitiva de Bolsonaro
De acordo com decreto presidencial, 27 pessoas vão integrar a comitiva brasileira, incluindo oito ministros do governo e familiares do chefe do Executivo federal, como o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, também acompanharia a comitiva, mas acabou desistindo. Segundo o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que está exercendo interinamente a Presidência da República, Guedes ficou em Brasília para tratar de temas em andamento na pasta.
Veja a relação completa:
- Carlos Alberto França, ministro das Relações Exteriores;
- Marcelo Queiroga, ministro da Saúde;
- Anderson Torres, ministro da Justiça e Segurança Pública;
- Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente;
- Gilson Machado, ministro do Turismo;
- Luiz Eduardo Ramos, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência;
- Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência;
- Eduardo Bolsonaro, deputado federal;
- Flávio Rocha, secretário especial de Assuntos Estratégicos da Presidência;
- Nestor Forster, embaixador do Brasil nos Estados Unidos da América;
- Ronaldo Costa Filho, representante permanente do Brasil junto às Nações Unidas;
- Pedro Guimarães, presidente da Caixa Econômica Federal;
- Michelle Bolsonaro, primeira-dama;
- Rodrigo de Bittencourt Mudrovitsch, convidado especial;
- Paulo Angelo Liégio Matao, intérprete;
- Claudia Chauvet, intérprete; e
- Rachel Alves Bezerra, intérprete.