Bolsonaro diz que segue médico, mas não deixará de fazer o que gosta
“Agora, sei que tiver uma nova cirurgia, aí complica a situação, tá certo? Mas eu tenho que viver também”, ressaltou o presidente
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) comentou, nesta quinta-feira (6/1), seu estado de saúde e disse vai “fazer o possível” para se cuidar, seguindo orientações médicas, mas salientou que não vai se “furtar de fazer alguma coisa”, como andar de jet ski e comer comidas gordurosas, por exemplo.
Durante sua transmissão ao vivo nas redes sociais, o chefe do Executivo federal disse que “não está no gibi o tamanho da bronca” que levou da esposa, a primeira-dama Michelle Bolsonaro, e do médico-cirurgião Antônio Luiz Macedo, que o acompanhadesde o atentando à faca sofrido em 2018.
Bolsonaro foi internado na madrugada de segunda-feira (3/1) com uma nova obstrução intestinal (leia sobre a internação do presidente mais abaixo). Ele recebeu alta hospitalar na manhã de quarta (5/1).
“Não dá para prometer, não, né? Poxa, o que eu levei de bronca da esposa e do doutor Mecedo não está no gibi. Eu me senti […] um recruta chegando no quartel. A gente faz o possível. Até o momento, eu estou seguindo aqui a orientação dele, né? Mas não posso garantir lá na frente que não vou tomar um caldo de cana e comer um pastel”, disse o presidente.
“Não vou mentir para o Macedo. Vou fazer o possível. Eu não vou deixar de me furtar (sic) de fazer alguma coisa. Agora, sei que tiver uma nova cirurgia, aí complica a situação, tá certo? Mas eu tenho que viver também. Não vou deixar de andar de jet ski; dar um cavalo de pau em um carro – como dei lá no Beto Carrero; de vez em quando montar em um cavalo aí…”, prosseguiu.
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Internação
O presidente deu entrada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na madrugada de segunda, onde foi diagnosticado com nova obstrução intestinal. Ele estava de férias no litoral catarinense, mas precisou interromper a folga.
Segundo Bolsonaro, ele começou a passar mal no domingo (2/1). O presidente publicou uma foto nas redes sociais utilizando uma sonda gástrica. O chefe do Executivo federal está sendo monitorado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou o então candidato à Presidência após a facada em setembro de 2018 e acompanha a evolução do caso desde então.
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Na terça-feira (4/1), o hospital informou que o presidente já havia retirado a sonda nasogástrica após ter evoluído com boa aceitação da dieta líquida ofertada durante o dia.
Por meio de nota, a instituição divulgou ainda que o quadro de suboclusão intestinal do presidente se desfez e reiterou que não havia necessidade de submeter Bolsonaro a uma cirurgia.
Histórico de cirurgias
Desde o ataque, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias relacionadas à facada. Relembre:
6 de setembro de 2018
A primeira cirurgia de Bolsonaro foi realizada no mesmo dia em que sofreu o atentado, em 6 de setembro de 2018. Na época, o então candidato foi levado para a Santa Casa de Juiz de Fora. Ele teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de 2 horas. O intestino foi ligado a uma bolsa de colostomia.
12 de setembro de 2018
A segunda, em 12 de setembro do mesmo ano, considerada de emergência, foi para reparar uma obstrução no intestino. O procedimento durou cerca de 1 hora e foi considerado bem-sucedido.
28 de janeiro de 2019
O terceiro procedimento cirúrgico de Bolsonaro ocorreu em 28 de janeiro de 2019, o primeiro já como presidente da República, e serviu para retirar a bolsa de colostomia.
Inicialmente, a cirurgia estava prevista para durar 3 horas, mas devido a uma grande quantidade de aderências, ou seja, partes do intestino que ficaram coladas, a equipe médica teve de fazer um procedimento mais complexo – o que fez com que o tempo total da cirurgia fosse de 7 horas.
Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.
8 de setembro de 2020
Em 8 de setembro do ano passado, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu no local do abdômen do presidente. A hérnia ocorreu em razão das últimas três cirurgias. O procedimento, considerado de médio porte, durou 5 horas e foi bem-sucedido.
Outros procedimentos
Além disso, em julho do ano passado, após ter sido submetido a um procedimento para realizar um implante dentário, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com dores abdominais. Os médicos chegaram a cogitar uma cirurgia, que logo foi descartada.
O presidente ainda foi submetido a uma vasectomia em 30 de janeiro doe 2020. O procedimento é utilizado por homens que não desejam mais ter filhos.