metropoles.com

Bolsonaro diz que se algum filho cometer erro “vai pagar a conta”

Presidente admitiu que prática de “rachadinha” é comum e pediu a adversários: “Venham pra cima de mim”

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Instagram/Reprodução
Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022. Ele está ao lado dos filhos Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro - Metrópoles
1 de 1 Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022. Ele está ao lado dos filhos Eduardo Bolsonaro, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro - Metrópoles - Foto: Instagram/Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, neste sábado (13/8), que se algum filho seu cometer algum erro, “vai pagar a conta”. A declaração foi feita em entrevista ao canal no YouTube Cara a Tapa, com Rica Perrone, após ser questionado sobre a reação dele caso seja comprovado um ato de corrupção de algum de seus filhos.

“Vai pagar a conta. Como pai, você vai ficar… Mas se cometer um erro, comprovado, premeditado, um ato como esse aí, não é uma questão de eu desentender contigo agora aqui, temos um problema. Cada um paga sua conta. O que eu sempre falo: ‘Vamos falar de mim, do meu governo’”, respondeu Bolsonaro.

O hoje senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), primogênito do presidente, foi investigado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) acusado de comandar suposto esquema de “rachadinhas” na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), à época em que era deputado estadual.

O caso foi revelado em dezembro de 2018, depois da eleição de Bolsonaro para a Presidência e pouco antes de sua posse. A prática, que consiste no confisco de parte dos salários dos funcionários, caracteriza desvio de dinheiro público.

Em maio deste ano, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) arquivou a denúncia contra o senador Flávio no caso das “rachadinhas” a pedido do Ministério Público do Rio, que considerou a investigação esvaziada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) anular as provas que sustentavam o processo.

5 imagens
Família Bolsonaro
O Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Fabrício movimentou milhões por meio de depósitos de dinheiro feitos por assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar um esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual
Amigo do clã Bolsonaro desde 1980, o ex-policial também foi motorista e segurança da família.  Além dele, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício, e as duas filhas do casal já trabalharam para Flávio
A investigação realizada dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro teve início no fim de 2018, quando a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Queiroz
1 de 5

O clã Bolsonaro

Instagram/Reprodução
2 de 5

Família Bolsonaro

Reprodução
3 de 5

O Ministério Público do Rio de Janeiro descobriu, por meio de quebra de sigilo, que Fabrício movimentou milhões por meio de depósitos de dinheiro feitos por assessores ligados ao gabinete do filho mais velho do presidente. Com isso, Queiroz e Flávio passaram a ser suspeitos de organizar um esquema de "rachadinha" no gabinete do então deputado estadual

Reprodução/ Redes sociais
4 de 5

Amigo do clã Bolsonaro desde 1980, o ex-policial também foi motorista e segurança da família. Além dele, Márcia Oliveira de Aguiar, esposa de Fabrício, e as duas filhas do casal já trabalharam para Flávio

Reprodução/ Redes sociais
5 de 5

A investigação realizada dentro do gabinete de Flávio Bolsonaro teve início no fim de 2018, quando a Polícia Federal investigava casos de corrupção dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Relatórios apontaram movimentações suspeitas de parlamentares e servidores da Casa legislativa. Um deles era Queiroz

Reprodução/ Redes sociais

 

Bolsonaro ainda comentou a compra de uma mansão na capital federal por Flávio e pediu para adversários focarem nele. “Flávio comprou uma casa em Brasilia de R$ 6 milhões, verdade. Mais de 60% foi financiado pelo BRB. Agora, se aparecer algo de errado, responda pelos seus atos, lamento. Agora, venham pra cima de mim, porra”.

Em seguida, na mesma entrevista, Bolsonaro admitiu que a prática de “rachadinhas” é comum. “Uns fazem legalmente, entre aspas, no estatuto, outros fazem por fora. (…) É uma prática meio comum, concordo contigo. Não é só no Legislativo não, também no Executivo municipal, até em um outro poder também, tá? E em cargo de comissão você pode botar quem quiser.”

O mandatário, porém, evitou falar sobre o cometimento do crime por ele mesmo: “Não vou falar de mim. Sou suspeito pra falar de mim… Tem servidor meu falando, denunciando…”.

 

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?