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- Foto: Alan Santos/Planalto
O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta terça-feira (8/3) que o presidente russo, Vladimir Putin, é “um dos homens mais poderosos do mundo”. Mais uma vez, o chefe de Estado brasileiro manteve o posicionamento de não fazer críticas abertas à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Durante encontro com lideranças evangélicas, Bolsonaro relembrou a reunião bilateral que teve com Putin quando esteve na Rússia, em fevereiro.
“Há poucas semanas, eu estive com um dos homens mais poderosos do mundo. Ele vive um conflito com o país vizinho [Ucrânia]. Mas eu me lembro depois de quase três horas conversando com ele, e essa conversa ficou entre mim, ele, o seu intérprete e o meu intérprete – um assessor do Itamaraty. Uma questão estratégica. Depois, na saída, duas coisas aconteceram. Primeiro, aberto ao público, à imprensa, nós nos posicionamos. Eu me lembro muito bem da mensagem que eu poderia dar naquele momento. Falei: ‘Presidente Putin, o mundo é a nossa casa e Deus está acima de todos nós'”, disse Bolsonaro.
“O mundo todo está conectado. O que acontece a 10 mil km de distância, ou a 20 km, tem influência sobre nós. Não é fácil tomar decisões. Temos 210 milhões de pessoas que vivem e sentem as consequências de qualquer decisão que eu venha a tomar”, prosseguiu Bolsonaro, sem entrar em detalhes de quais seriam essas decisões.
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Vladimir Vladimirovitch Putin é o atual presidente da Rússia. No poder há 20 anos, desde a renúncia de Boris Yeltsin, Putin é conhecido por apoiar ditadores e declarar oposição ferrenha aos Estados Unidos
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Pertencente a uma família de operários, Vladimir cresceu em uma periferia russa, em São Petersburgo, e sonhava ser espião
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Formou-se em direito e, em seguida, entrou para o serviço secreto russo, a KGB, em 1975
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Tempos depois, iniciou vida política como vice-prefeito de São Petersburgo. Em 1999, tornou-se primeiro-ministro e, no ano seguinte, após a renúncia do então presidente, Boris Yeltsin, foi eleito presidente da Rússia
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Pouco depois de assumir a presidência, liderou com êxito tropas russas ao ataque à Chechênia, durante a 2ª Guerra da Chechênia, o que o fez crescer em popularidade
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Em 2004, Putin foi reeleito e, em seguida, assinou o protocolo de Kyoto, documento que o tornou responsável por reduzir gases-estufa liberados pela Rússia
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Seguindo a Constituição russa, que o impedia de exercer mais de dois mandatos consecutivos, o ex-KGB apoiou o seu primeiro-ministro, Dmitri Medvedev, nas eleições que o sucederiam
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Em 2012, no entanto, voltou a ser eleito para novo mandato de seis anos, mesmo com forte oposição
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O líder russo Vladimir Putin diz que não irá recuar e desafia a comunidade internacional
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No ano seguinte, apoiou a guerra que aconteceu na Síria e enviou militares para ajudar o regime do presidente sírio, Bashar Al Assad
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Apesar de toda desaprovação mundial diante de atos de guerra, Putin conseguiu se eleger em 2018 para mais seis anos, com vantagem expressiva em relação aos adversários
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Devido à lei que sancionou em 2021, Putin poderá concorrer nas duas próximas eleições e, se eleito, ficar no poder até 2036
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Recentemente, após exigir que o Ocidente garantisse que a Ucrânia, que faz fronteira com território russo, não se juntaria à Otan, reformou a inimizade entre os países
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O conflito, que acendeu alerta mundial, ganhou novos capítulos após Putin ordenar, no dia 25 de fevereiro de 2022, que tropas invadissem a Ucrânia utilizando armamento militar
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Apesar dos avisos de sanções por parte de outras nações, o presidente russo prosseguiu com a intentada e deu início à guerra
Desde o início do conflito no Leste Europeu, o presidente Jair Bolsonaro tem sido pressionado para condenar a invasão de tropas russas ao território ucraniano. Quando se manifesta sobre o assunto, Bolsonaro não cita a Rússia de forma direta e diz que a posição do Brasil é “clara” e tem sido transmitida por meio dos “canais adequados”, como o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
“Muita gente questiona que o presidente precisa ter uma posição mais firme de um lado ou de outro. O Brasil continua numa posição de equilíbrio. Nós temos negócios com os dois países. Não temos a capacidade de resolver esse assunto. Então, o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal”, afirmou Bolsonaro na semana passada.
“Nós torcemos – e o que for possível, nós faremos – pela paz. A guerra não vai produzir benefícios para nenhum dos dois países, muito menos para o mundo. Qualquer conflito, nós estamos vendo, as consequências estão aí”, acrescentou.
Conflito entre Rússia e Ucrânia
Com autorização do presidente russo, Vladimir Putin, tropas militares invadiram o território ucraniano em 24 de fevereiro.
Já são 12 dias de bombardeios no país ucraniano. O governo local pede a retirada imediata das tropas russas do país. Ainda não houve acordo. Delegações das duas nações negociam um cessar-fogo.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
Andre Borges/Esp. Metrópoles
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
OTAN/Divulgação
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
Vostok/ Getty Images
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
Vinícius Schmidt/Metrópoles
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