Bolsonaro diz que proposta dos militares é filmar votação de eleitores
Segundo o presidente, urnas seriam escolhidas aleatoriamente e, quem se voluntariasse, teria o voto filmado
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, na quarta-feira (2/8), que as Forças Armadas apresentaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma proposta de filmar a votação de eleitores e, no final do dia, checar os dados.
Bolsonaro afirmou que “não adianta verificar a urna como eles [o TSE] querem, uma semana antes”. Segundo o chefe do Executivo, é necessário que essa avaliação seja feita no dia da votação. As declarações foram dadas em entrevista à rádio Guaíba.
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“Podemos pegar seiscentas urnas e checar nesse dia. São quase quinhentas mil no Brasil. É uma boa amostragem. E como é que é feito esse teste? As pessoas vão votando e sabendo que estão sendo filmadas. ‘Olha, você vai ser filmado agora. Você quer votar aqui aleatoriamente em quem você quiser, independente da sua vontade, né'”, explicou.
De acordo com o presidente, o método serviria para que, ao final da votação, os militares fizessem a checagem de número de votos que determinado candidato teve, com base nas gravações.
“A pessoa topa, então elas são filmadas. E, no final do dia, com esse filme pronto, você vê quem essa pessoa digitou. ‘Ah, foi tantos votos no Onyx Lorenzoni’, por exemplo. Então vai ter que aparecer tanto pro Onyx, tanto para um deputado federal, tanto para um deputado estadual… Sem problema nenhum”, disse.
Bolsonaro ainda reclamou que, até agora, o TSE não teria respondido a essa proposta.
“O TSE até o momento não respondeu isso aí. Por que que não respondeu se está parada em lei? Não tem custo nenhum. É só sortear os locais”, concluiu.