Bolsonaro diz que proibiu ministros interinos de voarem com a FAB
Ele, contudo, disse que não enviará qualquer proposta de alteração legal ao Congresso, porque sua “palavra vale mais”
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou, nesta quinta-feira (06/02/2020), que estabeleceu a proibição de que ministros interinos façam uso de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Ele, contudo, disse que não enviará qualquer proposta de alteração legal ao Congresso, porque, na sua avaliação, sua “palavra vale mais”.
A exceção à regra será, segundo ele, se dará apenas se houver alguma coisa “gravíssima” para o interino em questão resolver. “E, assim mesmo, vai ter que chegar no meu conhecimento. Já tivemos caso aqui que o cara ficou dois dias interino e ficou na cidade dele”, afirmou o presidente.
“Direito de avião sou eu, o vice e os ministros. O interino não vai usar o avião. A não ser em casos excepcionais, passando pelo ministro da Defesa para evitar problemas”, pontuou.
Segundo ele, as permissões para os demais seguem mantidas mas, “se for possível” mesmo eles poderão fazer uso de voos comerciais: “Vamos fazer economia, mas não dessa forma radical como querem”.
Na semana passada, Bolsonaro demitiu o ex-ministro-chefe em exercício da Casa Civil, José Vicente Santini, por ter usado um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), para ir de Davos, na Suíça, para a Índia. Apesar de o chefe do Executivo ter resolvido exonerá-lo, a viagem atendeu aos protocolos da FAB, regulamentados por dois decretos, de 2002 e 2015.