Bolsonaro diz que petistas “encheram a cara” de atirador de chutes
Depois que o policial acusado de matar petista foi baleado e caiu no chão, homens o golpearam com chutes
atualizado
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Em conversa com apoiadores sobre a morte do guarda municipal Marcelo Arruda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chamou os convidados que agrediram o atirador Jorge José da Rocha Guaranho de “petistas”.
Nos vídeos das câmeras de segurança do local em que Arruda comemorava seus 50 anos, é possível ver que após efetuar os disparos que mataram o agente, Guaranho cai no chão – porque também foi alvejado com disparos feitos pela vítima. Em seguida, convidados da festa golpeiam o homem com chutes na cabeça.
“Grande parte da imprensa mostrou o tiroteio dentro do recinto, mas não mostrou o que aconteceu lá fora. Nada justifica a troca de tiros […] Teve um problema lá fora, onde a gente vê que o cara que morreu jogou uma pedra no vidro do carro do cara. Ele voltou e começou aquele tiroteio onde morreu o aniversariante. O outro foi ferido, ficou caído no chão e, o pessoal da festa – todos petistas- encheram a cara dele de chutes”, sugeriu Bolsonaro.
O chefe do Executio federal declarou que a investigação da Polícia Civil do Paraná sobre o caso “já deve estar sendo concluída” e que, talvez, “seja concluída hoje e haja uma coletiva”.
Na segunda-feira, ao comentar o caso, o mandatário disse que não tem “nada a ver” com o crime, mas sugeriu que “o histórico de violência” é recorrente “do outro lado”.
“Quando o Adélio me esfaqueou, ninguém falou que ele era afiliado ao PSol. O que eu tenho a ver com esse episódio de Foz do Iguaçu? Nada! Somos contra qualquer ato de violência. Eu já sofri disso na pele. A gente espera que não aconteça, obviamente. Espero que não aconteça! […] Agora, o histórico de violência, não é do meu lado. É do lado de lá”, sugeriu Bolsonaro.
Entenda
O guarda municipal Marcelo Arruda, candidato a vice-prefeito nas últimas eleições, foi assassinado a tiros durante sua festa de aniversário de 50 anos, ocorrida na noite de sábado (9/7), em Foz do Iguaçu (PR). A festa tinha como tema o PT e fazia várias referências ao ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva.
Inicialmente, a Polícia Civil informou que o atirador, o policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, tinha morrido após Marcelo revidar. Contudo, às 16h40, em coletiva de imprensa, a delegada Iane Cardoso informou que a polícia errou: o agressor estava vivo e foi levado ao hospital. Até a publicação desta reportagem, ele seguia internado.
Segundo relatos, por volta das 23h, Jorge Guaranho, que se declara apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), invadiu a festa e atirou em Marcelo, que revidou. A confraternização era promovida na Associação Recreativa Esportiva Segurança Física Itaipu (Aresfi). A festa tinha poucos convidados — cerca de 40 pessoas.
Relatos ainda apontam que o policial penal entrou na festa gritando o nome de Bolsonaro e “mito”. Houve uma rápida discussão, e o homem chegou a sacar a arma e ameaçou a todos. Logo depois, ele saiu, dizendo que voltaria para matar todo mundo”. Minutos depois, o agente penitenciário chegou atirando no guarda municipal.
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