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Bolsonaro diz que nazismo deve ser repudiado e comunismo combatido

Apesar de não ter citado, presidente compartilhou publicação após caso do comentarista Adrilles Jorge, que fez gesto considerado nazista

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Bolsonaro em evento no Planalto de ações ao crédito. Ele olha para o lado, sem máscara e sob fundo azul, preocupado - Metrópoles
1 de 1 Bolsonaro em evento no Planalto de ações ao crédito. Ele olha para o lado, sem máscara e sob fundo azul, preocupado - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) repudiou, nesta quarta-feira (9/2), a ideologia nazista, assim como outras ideologias totalitárias que coloquem em risco “os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos”. O chefe do Executivo federal citou, como exemplo, o comunismo, que, segundo ele, deve ser combatido.

“A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade”, escreveu o presidente em publicação feita nas redes sociais.

“É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o Comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis”, prosseguiu.

Apesar de não fazer referência direta, a publicação de Bolsonaro ocorre um dia depois de um episódio envolvendo o ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge, que fez um gesto que remete à saudação realizada pelo ditador alemão Adolf Hitler (leia sobre mais abaixo).

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Adrilles, de 47 anos, é formado em jornalismo pela PUC-MG e se especializou em arte moderna. Ele atuou como repórter, editor, produtor de televisão, revisor, redator e colunista
Em 2015, o jornalista foi um dos participantes do reality show Big Brother Brasil, da Globo
Durante o BBB, vieram à tona acusações de que o participante perseguia mulheres na internet. No confinamento, ele também admitiu ter assediado uma participante, mesmo após ela ter pedido para ele parar
Adrilles foi criticado, em outro momento, ao fazer comentários homofóbicos sobre o ator, Tiago Abravanel, que é homossexual assumido e está no BBB22. “Vão me chamar de homofóbico, mas dane-se. O Tiago tá muito gay. Ele não era tão gay assim”, comentou
O ex-BBB também se envolveu em polêmicas ao negar que mulheres negras tenham sido estupradas durante a escravização e minimizar o racismo no Brasil
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Com acusações de homofobia, racismo e machismo, Adrilles Jorge se envolveu em mais uma polêmica ao fazer suposta saudação nazista durante programa da Jovem Pan

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Adrilles, de 47 anos, é formado em jornalismo pela PUC-MG e se especializou em arte moderna. Ele atuou como repórter, editor, produtor de televisão, revisor, redator e colunista

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Em 2015, o jornalista foi um dos participantes do reality show Big Brother Brasil, da Globo

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Durante o BBB, vieram à tona acusações de que o participante perseguia mulheres na internet. No confinamento, ele também admitiu ter assediado uma participante, mesmo após ela ter pedido para ele parar

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Adrilles foi criticado, em outro momento, ao fazer comentários homofóbicos sobre o ator, Tiago Abravanel, que é homossexual assumido e está no BBB22. “Vão me chamar de homofóbico, mas dane-se. O Tiago tá muito gay. Ele não era tão gay assim”, comentou

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O ex-BBB também se envolveu em polêmicas ao negar que mulheres negras tenham sido estupradas durante a escravização e minimizar o racismo no Brasil

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Ele foi contratado pela Jovem Pan após sucessivas defesas ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e críticas a Lula (PT). Ele também já fez declarações negacionistas a respeito da gravidade da pandemia da Covid-19

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Na emissora, Adrilles fazia parte apenas do elenco do programa Morning Show, onde foi colocado para defender as ideias da extrema direita conservadora. Posteriormente, participou de outros programas como comentarista

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Após comentar a demissão de Bruno Aiub, o Monark, do Flow Podcast, por ter defendido a criação de um partido nazista, o ex-BBB fez um gesto que remeteu à saudação de Adolf Hitler

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Em uma rede social Adrilles alegou ter apenas se despedido com “um tchau”, porém, a repercussão foi negativa e o comentarista acabou demitido da emissora por conta do gesto

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Na mesma postagem desta quarta (leia a íntegra ao final da reportagem), Bolsonaro também disse que é o presidente que “mais aproximou” o Brasil dos judeus. No ano passado, o presidente recebeu, em seu gabinete, no Palácio do Planalto, a deputada alemã Beatrix von Storch, vice-líder do partido Alternativa para a Alemanha (AfD), investigado por propagar ideias extremistas e neonazistas.

Episódio envolvendo Adrilles Jorge

Após comentar a demissão de Bruno Aiub, o Monark, do Flow Podcast por ter defendido a criação de um partido nazista, o ex-BBB e comentarista Adrilles Jorge fez um gesto que remete à saudação realizada pelo ditador alemão Adolf Hitler ao final do programa “Opinião”, na Jovem Pan News, nessa terça-feira (8/2).

Após ser interrompido pelo apresentador, Adrilles levantou a mão em riste e logo a abaixou. Em seguida, riu. O gesto é semelhante à variação do “sieg heil”, uma saudação nazista.

“O nazismo matou 6 milhões de judeus, o comunismo matou mais de 100 milhões de pessoas e hoje é visto aqui no Brasil como uma coisa livre, absolutamente liberada, com partidos normalizados”, disse o comentarista, antes de fazer o gesto.

Adrilles nega gesto nazista: “Esclarecimento do óbvio”

Confira:

Leia a íntegra do comunicado divulgado pelo presidente

– A ideologia nazista deve ser repudiada de forma irrestrita e permanente, sem ressalvas que permitam seu florescimento, assim como toda e QUALQUER ideologia totalitária que coloque em risco os direitos fundamentais dos povos e dos indivíduos, como o direito à vida e à liberdade.

– É de nosso desejo, inclusive, que outras organizações que promovem ideologias que pregam o antissemitismo, a divisão de pessoas em raças ou classes, e que também dizimaram milhões de inocentes ao redor do mundo, como o Comunismo, sejam alcançadas e combatidas por nossas leis.

– O fato de uma ideologia repugnante como a nazista ter destruído milhões de vidas exige que tenhamos extrema responsabilidade e seriedade na hora de tratar do tema, não deixando espaço para a calúnia, a difamação e a sua banalização. Não se combate uma injustiça com injustiças.

– Importante lembrar que existem ainda aqueles que, na busca implacável pelo poder, banalizam essa página triste da história da humanidade e instrumentalizam a sensibilidade humana para praticar exatamente aquilo que dizem combater, assassinando reputações e destruindo pessoas.

– Assim, reitero todo nosso apoio ao povo judeu, que hoje sofre não só com as cicatrizes deixadas pela história, mas também com o desrespeito daqueles que banalizam um assunto tão grave, rotulando tudo e todos na ânsia de conquistar ainda mais poder e controle sobre as pessoas.

– Tenho muito orgulho de ser o presidente que mais aproximou o nosso país dos judeus, seja intensificando as relações bilaterais com Israel, seja apoiando iniciativas importantes, como a Aliança Internacional de Memória do Holocausto (IHRA), na qual ingressamos em meu governo.

– E a quem realmente insiste em defender a divisão de pessoas por raça/etnia, o controle total pelo Estado, a violação de liberdades, que são premissas do nazismo; bem como a quem, num desrespeito cruel ao povo judeu, banaliza um fato grave para promoção política, fica a lição:

– Somos um povo maravilhoso, acolhedor. Repito: em uma família brasileira há mais diversidade do que em qualquer nação no mundo. O Brasil nunca terá solo fértil para o totalitarismo porque o amor pela liberdade corre em nossas veias. Quem deseja o contrário está do lado errado.

– Que o momento seja de reflexão, de amadurecimento, a respeito de qual ambiente queremos criar para o Brasil. Tenhamos todos mais juízo e responsabilidade. Precisamos continuar trabalhando pelo futuro de nossa nação.

– Boa Noite a Todos!

– PR Jair Messias Bolsonaro.

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