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Bolsonaro diz que não vai interferir nas eleições da Câmara e do Senado

Presidente também chamou senadores do MDB de “trio maravilhoso”. Disputa interna ocorre em fevereiro de 2021 e governo tenta emplacar aliado

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Presidente Jair Bolsonaro durante Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro durante Posse do novo ministro do turismo, Gilson Machado durante evento no planalto 1 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em discurso em cerimônia no Palácio do Planalto nesta quinta-feira (17/12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) negou que vá interferir nas eleições para as presidências da Câmara e do Senado. O pleito interno, que vai eleger os próximos presidentes pelos próximos dois anos, vai ocorrer em fevereiro de 2021.

Bolsonaro interrompeu seu discurso, em defesa do turismo na Baía de Angra, para comentar a disputa pelas mesas do Congresso: “Tenho certeza de que esse trio maravilhoso que está na minha frente aqui, resolvendo a questão da Mesa da Câmara e do Senado, que vai ser bem resolvida, eu tenho certeza disso — não vou interferir em lugar nenhum, não vou. Eu não interfiro nos meus ministros, quem dirá no outro Poder”.

“Vou torcer para que aconteça o melhor na Câmara e no Senado e as propostas do governo, uma vez analisadas pelo Parlamento, tenham seu curso”, continuou o presidente.

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Cerimônia de Posse do Ministro do Turismo Gilson Machado no Palácio do Planalto
Cerimônia de Posse do Ministro do Turismo Gilson Machado no Palácio do Planalto
Ele sobreviveu a acusações de que patrocinara candidaturas laranjas nas eleições de 2018, a um indiciamento da Polícia Federal e à denúncia do Ministério Público de Minas Gerais por envolvimento no esquema
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Ele sobreviveu a acusações de que patrocinara candidaturas laranjas nas eleições de 2018, a um indiciamento da Polícia Federal e à denúncia do Ministério Público de Minas Gerais por envolvimento no esquema

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Presidente Jair Bolsonaro

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Ministro do Turismo, Gilson Machado Neto (PSC-PE)

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O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto

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O senador Fernando Collor e o presidente Jair Bolsonaro

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Jair Bolsonaro

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Os três senadores a que Bolsonaro chamou de “trio maravilhoso” foram enquadrados pela imagem da TV Brasil. Eram eles: Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso; Fernando Bezerra Coelho (PE), líder do governo no Senado; e Eduardo Braga (AM), líder do MDB no Senado.

Os três disputam quem será o candidato do partido para a sucessão de Davi Alcolumbre (DEM-AP), impedido de disputar a reeleição pela Constituição, entendimento ratificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamento.

Na quarta-feira (16/12), a direção do MDB informou ter decidido que a bancada do partido, com o maior número de senadores, vai apresentar uma candidatura única na próxima eleição. “Essa decisão reflete a força e a unidade do MDB. Reflete, ainda, a postura de ponderação e diálogo que tem pontuado a atuação da legenda no cenário nacional”, diz a nota.

Também concorre à indicação do partido a senadora Simone Tebet (MDB-MS), atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e cuja postura em relação ao governo é mais independente. O governo tenta emplacar aliados tanto na Câmara quanto no Senado a fim de facilitar a tramitação de projetos de interesse.

Baía de Angra

Bolsonaro reservou parte do discurso durante a posse do nome ministro do Turismo para falar sobre a região da Baía de Angra. Para que o local seja explorado economicamente, é preciso revogar um decreto de proteção ambiental, o que deve passar pelo Congresso.

“Nós vamos fazer algo muito, mas muito melhor do que Cancún, a custo zero. […] Pessoal vai preferir ficar na Baía de Angra. É dinheiro para nós, recurso para nós. O Brasil todo vai lucrar com isso”, defendeu Bolsonaro. Segundo ele, há áreas na mesma situação em outras regiões do Brasil, como na Bahia.

Na cerimônia, Bolsonaro também assinou a medida provisória que destina R$ 20 bilhões para a compra de vacina contra a Covid-19. “Tão logo tenhamos uma vacina certificada pela Anvisa, ela estará à disposição de todos no Brasil, de forma gratuita e voluntária”, disse Bolsonaro ao comentar a MP, frisando a palavra “voluntária”.

 

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