Bolsonaro diz que não terá “retaliação” ao presidente argentino
Alberto Fernández defendeu o ex-presidente Lula durante o discurso de vitória nas eleições da Argentina, e pediu que o petista fosse solto
atualizado
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O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou neste sábado (02/11/2019) que não vai ter retaliação ao presidente recém-eleito da Argentina, Alberto Fernández, apesar de ter dito que o país vizinho “escolheu mal” o novo representante.
Bolsonaro contou que não vai à posse de Fernández, marcada para o próximo 10 de dezembro, porque ele defendeu a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na saída do Palácio do Alvorada, o presidente disse que sequer vai ligar para o argentino e parabenizar pela vitória.
Além disso, o mandatário do Planalto disse esperar que o comércio continue a todo vapor, como estaria ocorrendo durante a gestão de Maurício Macri, que teve apoio de Bolsonarono na campanha eleitoral.
Fernández foi eleito em primeiro turno e, logo após a proclamação do resultado, o argentino fez um gesto de apoio ao movimento Lula Livre no discurso de vitória e pediu que o mundo escutasse esse grito. O gesto irritou o presidente brasileiro, que estava em viagem à Asia e ao Oriente Médio.
“Eu lamento [a escolha]. Não tenho bola de cristal, mas acho que os argentinos escolheram mal. O primeiro ato do Fernández foi ‘Lula livre’, dizendo que ele está preso injustamente. Já disse a que veio, sem contar que tem gente da esquerda lá”, disse, à época.