Bolsonaro diz que não poderá manter auxílio emergencial por mais tempo
“Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio”, disse o chefe do Executivo, ao reforçar os gastos com o benefício
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reforçou, nesta segunda-feira (19/10), que o país não poderá pagar o auxílio emergencial — atualmente no valor de R$ 300 — por “muito mais tempo”.
A declaração foi dada nesta manhã em conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada. O chefe do Executivo federal tem agenda marcada nesta tarde com o ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Eu sei que os R$ 600 são pouco para quem recebe, mas é muito pro Brasil, são R$ 50 bilhões por mês, e tem que ter responsabilidade para usar a caneta”, disse o presidente Jair Bolsonaro.
“Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio, porque realmente esse endividamento é monstruoso, mas o Brasil está saindo da crise”, afirmou. O PIB do país deve cair 5% neste ano, segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda.
O governo federal discute, junto ao Congresso, a criação de um programa para substituir o Bolsa Família, herança do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A proposta é elevar o valor do recurso destinado às famílias carentes e ampliar o número de beneficiários. O projeto esbarra na forma de financiamento para sustentar o programa.
A equipe econômica do ministro Paulo Guedes chegou a propor o congelamento de aposentadorias e pensões por dois anos, mas a ideia logo foi descartada pelo presidente Bolsonaro.