metropoles.com

Bolsonaro diz que não haverá reajuste para servidores em 2022

Presidente descartou reajuste no corrente ano, mas disse que legislação já prevê reestruturações em 2023

atualizado

Compartilhar notícia

Google News - Metrópoles
Daniel Ferreira/Metrópoles
Imagem aérea colorida mostra Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) - Metrópoles
1 de 1 Imagem aérea colorida mostra Esplanada dos Ministérios, em Brasília (DF) - Metrópoles - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, nesta terça-feira (7/6), que não haverá aumento salarial para servidores públicos em 2022. O governo analisava a possibilidade de conceder um reajuste linear de 5%, mas os pedidos de reestruturação de algumas categorias geraram empecilhos adicionais.

O reajuste custaria quase R$ 7 bilhões – o que, segundo Bolsonaro, iria exigir cortes em vários ministérios e “atrapalhar o funcionamento do Brasil”.

“Então, eu lamento. Pelo que tudo indica, não será possível dar nenhum reajuste para servidor no corrente ano. Mas já está na legislação nossa, a LOA etc., de que, para o ano que vem, teremos reajustes e reestruturações”, disse Bolsonaro em entrevista ao SBT na manhã desta terça.

10 imagens
O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores
1 de 10

O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planos

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 10

O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidente

Gustavo Moreno/Especial Metrópoles
3 de 10

No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022

Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
4 de 10

No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)

Matheus Veloso/Especial Metrópoles
5 de 10

Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protesto

Marcelo Camargo/Agência Brasil
6 de 10

Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidores

Morsa Images/ Getty Images
7 de 10

Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflação

MmeEmil / Getty Images
8 de 10

Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
9 de 10

A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajuste

Rafaela Felicciano/Metrópoles
10 de 10

De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assunto

Fábio Vieira/Metrópoles

Ministério da Economia anunciou, na segunda-feira (6/6), que o bloqueio de gastos do governo caiu de R$ 8,2 bilhões para R$ 6,96 bilhões.

A redução no valor do corte foi possível porque a pasta desistiu de manter R$ 1,74 bilhão reservado para pagar uma parte do reajuste aos servidores do Executivo federal – aumento que vinha sendo ventilado há meses por Bolsonaro. Sem a reserva, o montante implicaria novo bloqueio no orçamento dos ministérios.

O acréscimo de 5%, contudo, é considerado “insuficiente” por representantes das categorias de funcionários públicos. Alguns grupos, como os servidores do Banco Central e do Tesouro Nacional, têm feito manifestações, paralisações e até greves para pressionar o governo.

Em ano eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL) quer evitar ao máximo interferir nos programas em execução pelas diversas pastas, mas, depois de prometer aumento para categorias policiais, viu o reajuste virar exigência em todo o funcionalismo. Agora, a equipe econômica tenta achar uma solução que contemple ambas as demandas.

O governo federal tem até o fim de junho para decidir sobre o reajuste.

Receba notícias do Metrópoles no seu Telegram e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal: https://t.me/metropolesurgente.

Quais assuntos você deseja receber?

Ícone de sino para notificações

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

Ícone de ajustes do navegador

Mais opções no Google Chrome

2.

Ícone de configurações

Configurações

3.

Configurações do site

4.

Ícone de sino para notificações

Notificações

5.

Ícone de alternância ligado para notificações

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?