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Bolsonaro diz que Moro vai pescar corruptos com “rede de arrastão”

Presidente eleito voltou a dizer que o magistrado terá carta branca para trabalhar e que conversou com Moro apenas após as eleições

atualizado

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MORO SE REÚNE COM BOLSONARO NO RIO.
1 de 1 MORO SE REÚNE COM BOLSONARO NO RIO. - Foto: null

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), prometeu um intenso combate à corrupção durante seu governo. “Moro (juiz Sérgio Moro, futuro ministro da Justiça) vai pegar vocês, corruptos. Antes ele pescava de varinha, agora vai ser com rede de arrastão de 500 metros”, afirmou, durante live feita em sua conta no Facebook nessa sexta-feira (9/11).

Ele voltou a dizer que o magistrado terá carta branca para trabalhar. Ressaltou ainda que conversou com o juiz somente após o segundo turno das eleições 2018. Antes, ele disse que a única interação entre os dois havia sido meses antes em uma conversa rápida em um aeroporto. Com isso, Bolsonaro afasta questionamentos sobre interferências no processo eleitoral e a possibilidade de que o convite para assumir o ministério tivesse sido feito antes da hora.

“Conversei uma vez com ele tem uns oito ou 10 meses atrás, no aeroporto. Alguns dias depois ele ligou para mim, conversamos por uns 10 minutos. Durante a campanha toda, nunca conversei com Sérgio Moro. Fui conversar depois do segundo turno das eleições. Ele veio na minha casa, apresentou o que queria caso aceitasse o ministério da Justiça. Não tenho como falar não”, disse.

Nessa sexta (9), o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, decidiu pedir explicações ao juiz Sérgio Moro sobre a sua escalação para comandar o superministério da Justiça no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

Moro terá 15 dias para apresentar esclarecimentos sobre a indicação, alvo de contestações no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) apresentadas pela Associação Brasileira de Juristas pela Democracia, por deputados federais e senadores do Partido dos Trabalhadores e por um morador do Paraná chamado Benedito da Silva Junior.

A Associação Brasileira de Juristas pela Democracia afirma que Moro violou a Constituição Federal e o Código de Ética da Magistratura ao tratar sobre a ida ao governo Bolsonaro ainda durante o exercício da magistratura.

Os parlamentares do PT, por sua vez, acusam Moro de “parcialidade” e de utilizar a sua posição na sociedade para “interferir de maneira indevida no processo eleitoral, sempre com o viés de prejudicar o Partido dos Trabalhadores e suas candidaturas”.

“A aceitação do cargo político coroa o que sempre dissemos sobre o juiz Sérgio Moro comportar-se como ser político, não como magistrado”, sustenta o PT.

Com informações do site do Estadão

 

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