Bolsonaro diz que mandará ministro retomar bandeira normal da energia
A bandeira de escassez hídrica está em vigor desde 1º de setembro. De acordo com a Aneel, acabaria apenas em 30 de abril do ano que vem
atualizado
Compartilhar notícia
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, na noite desta quinta-feira (14/10), durante a Conferência Global 2021 – Millenium, realizada pela Igreja Comunidade das Nações, que determinará ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, que reverta a bandeira vermelha.
“Dói a gente autorizar o ministro Bento, das Minas e Energias, para decretar a bandeira vermelha, dói no coração. Sabemos as dificuldades da energia elétrica. Vou pedir pra ele, pedir não, determinar que ele volte a bandeira normal a partir do mês que vem”, prometeu Bolsonaro.
Na verdade, para cobrir os custos das usinas termelétricas, que tiveram o uso triplicado devido à crise hídrica, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou no fim de agosto a criação da “bandeira de escassez hídrica”.
O novo valor foi ajustado para R$ 14,20/100 kWh, com vigência a partir do primeiro dia de setembro, com duração prevista para até 30 de abril de 2022.
Em vigor desde junho, a tarifa já tinha acréscimo de R$ 9,49 a cada kWh na conta mensal. Agora, a nova bandeira possui alta de 49,63% em relação à bandeira vermelha patamar 2.
Consumidor paga
Para os consumidores, o aumento na conta de luz foi de 6,78%. “Quem paga essa bandeira são todos os consumidores do estado cativo de distribuidoras. Com exceção do estado de Roraima e dos consumidores inscritos nos programas sociais, que pagam tarifa social do governo”, explicou o diretor-geral da Aneel, André Pepitone.
Em agenda em São Paulo, na segunda-feira (11/10), quando foi questionado sobre medidas do governo para controlar o problema, Bolsonaro disse que ligou para São Pedro, para que ele mandasse chuva para o país.