Bolsonaro diz que incêndios na Amazônia são feitos por índios e caboclos
Segundo o presidente, as queimadas ocorrem praticamente nos mesmos lugares. Discurso foi feito na Assembleia Geral da ONU
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta terça-feira (22/9) que os incêndios registrados na Amazônia e no Pantanal foram feitos por “índios e caboclos em busca de sobrevivência”.
A fala foi proferida durante discurso na 75ª edição da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). Bolsonaro defendeu políticas ambientais do governo e a gestão da pandemia do novo coronavírus.
“Os incêndios acontecem, praticamente, nos mesmos lugares, no entorno leste da floresta, onde o caboclo e o índio queimam seus roçados em busca de sua sobrevivência, em áreas já desmatadas”, disse.
No acumulado do ano, o Pantanal registrou o maior número de focos de incêndio desde o início da série histórica medida pelo Inpe, em 1998. Na Amazônia, foram mais de 70 mil focos até o momento.
Bolsonaro alegou que a floresta é úmida e, por isso, não permite a propagação do fogo no interior. Segundo ele, no entanto, os focos criminosos são combatidos com rigor e determinação.
Ainda sobre a Amazônia, o presidente disse também que as grandes queimadas “são consequências inevitáveis da alta temperatura local, somada ao acúmulo de massa orgânica em decomposição”.
“Mantenho minha política de tolerância zero com o crime ambiental. Juntamente com o Congresso, buscamos a regularização fundiária, visando identificar os autores desses crimes”, afirmou.
Assista à íntegra do discurso: