Bolsonaro diz que fechará embaixadas ociosas
Presidente eleito ressaltou que procura um diplomata de carreira e “sem viés ideológico” para ser chanceler no futuro governo
atualizado
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta quarta-feira (7/11) que fechará as embaixadas que considerar ociosas e que procura um diplomata de carreira e “sem viés ideológico” para ser chanceler no futuro governo. “Estamos buscando alguém que faça comércio e conduza essa parte, que é importante, sem viés ideológico, nem de direita nem de esquerda”, ressaltou.
Bolsonaro afirmou ainda que, assim como para o Ministério da Defesa será escolhido um nome “quatro-estrelas”, nas Relações Exteriores será nomeado um diplomata.
Ele também disse que discutirá se acabará ou não com a Embaixada da Palestina em Brasília, após ser perguntado por jornalistas. “O problema é que ela está muito próxima ao Palácio do Planalto, nenhuma embaixada pode estar tão próxima assim do presidente da República. Nenhuma, não ela (especificamente)”, explicou.
Bolsonaro foi questionado novamente sobre a possibilidade de transferir a Embaixada do Brasil em Israel de Tel-Aviv para Jerusalém, conforme havia dito na campanha, e respondeu que “quem decide a capital de um Estado é o respectivo Estado”.
Numa primeira reação do mundo árabe às declarações pró-Israel do presidente eleito, o governo do Egito suspendeu uma visita oficial que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, faria ao país nesta semana.
Expandir o comércio
O encontro, a convite dos egípcios, tinha o objetivo de expandir o comércio entre as duas nações. “Não vejo porque essa celeuma toda. Essa questão do Egito nada tem a ver com o que falei durante a campanha. As informações que tive é de que não foi cancelado, foi adiado”, disse.
“Todo mundo tem negócio, ninguém quer perder negócio. É prematuro qualquer retaliação de uma parte ou de outra numa coisa que não aconteceu ainda, mas pode acontecer”, repetiu. Bolsonaro finalizou a entrevista dizendo que gostaria de viajar para os Estados Unidos e outros países antes da posse, mas que, por causa do estado de saúde, deve permanecer no Brasil.