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Bolsonaro diz que estuda mudança na política de preços da Petrobras

Durante live nas redes sociais, presidente disse que a Petrobras deve ter um “viés social” e não precisa dar lucro alto para os acionistas

atualizado

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Bolsonaro live 1
1 de 1 Bolsonaro live 1 - Foto: Reprodução

Em live transmitida pelas redes sociais nesta quinta-feira (28/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que estuda uma mudança na política de preços da Petrobras. Atualmente, os preços dos combustíveis vendidos pela estatal são atrelados ao câmbio e ao preço do barril de petróleo no mercado internacional.

“A Petrobras é obrigada a aumentar o preço porque ela tem que seguir a legislação, e nós estamos tentando aqui buscar maneiras de mudar a lei nesse sentido, porque não é justo viver em país que paga tudo em Real, é um país praticamente autossuficiente em petróleo e tem o preço do seu combustível aqui atrelado ao dólar. Realmente ninguém entende isso”, disse o presidente, na live.

Assista:

A transmissão ao vivo foi antecipada em duas horas porque Bolsonaro viaja no início da noite para a Itália, onde vai participar da Cúpula de Líderes do G-20, grupo que reúne os 19 países mais ricos do mundo e a União Europeia.

Os preços dos combustíveis no Brasil foram controlados por anos, em especial durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em 2016, sob comando de Pedro Parente, indicado por Michel Temer (MDB), a estatal passou a adotar o preço da paridade de importação (PPI), com alinhamentos dos preços praticados pela Petrobras ao mercado internacional.

Com isso, a alta no valor do barril do petróleo e a desvalorização do Real frente ao dólar geraram aumentos sucessivos nos custos de combustíveis no país, o que desencadeou a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.

Especialistas explicam que, embora o Brasil exporte petróleo bruto, o país não é autossuficiente na produção de derivados, e a política de paridade equilibra o negócio.

“Viés social”

Nesta quinta, o chefe do Executivo ainda disse que a Petrobras deve ter um “viés social” e não precisa dar lucro alto para os acionistas.

“Ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai quebrar nada. Falei para o Paulo Guedes botar a Petrobras no radar de uma possível privatização, porque se é uma empresa que exerce o monopólio, ela tem que ter o seu viés social no bom sentido”, ressaltou.

“Ninguém quer o dinheiro da Petrobras para nada, queremos que a Petrobras não seja deficitária, obviamente, invista também em gás, não apenas em outras áreas. Então, a gente quer uma Petrobras voltada para isso, mas carecemos de mudança de legislação, que passa pelo Parlamento. Repito: ninguém vai quebrar contrato, ninguém vai inventar nada. Mas tem que ser empresa que dê lucro não muito alto, como tem dado. Porque além de lucro alto para acionistas, a Petrobras está pagando dívidas bilionárias de assaltos que ocorreram há pouco tempo na empresa, como aquelas três refinarias que não foram feitas”, prosseguiu o presidente.

Dor de cabeça

Nesta semana, Bolsonaro disse que a estatal “só dá dor de cabeça”. O chefe do Executivo já manifestou intenção de privatizar a empresa pública, mas o ministro de Minas e Energia, almirante Bento Albuquerque, garantiu que não existe qualquer estudo no governo federal sobre o assunto.

Na segunda-feira (25/10), a Petrobras anunciou mais um aumento no preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Foi a segunda alta em menos de um mês. Com 15 reajustes no valor do litro da gasolina (11 para cima e quatro para baixo), o combustível acumula alta de 73,4% apenas neste ano. O preço médio de venda passou, a partir de terça-feira (26/10), de R$ 2,98 para R$ 3,19, alta de 7,04%.

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