Bolsonaro diz que está na reta final de filiação e avalia 2 partidos
Presidente pontuou que o Aliança pelo Brasil, agremiação que pretendia fundar, dificilmente vai se formar ainda em 2021
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse, nesta quinta-feira (6/5), que o Aliança pelo Brasil, legenda que pretende fundar, dificilmente vai se formar ainda em 2021. Como opção, o mandatário pontuou que está na reta final entre duas siglas, mas não citou quais.
“O Aliança, no meu entender, dificilmente vai se formar este ano. Tô acertando, na reta final, porque não posso escolher, é igual um casamento, né?”, disse Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
Segundo o chefe do Executivo, era para ser até março, mas não deu certo. “Tem dois partidos em vista. Decisão para o mais rápido possível, por mim seria ontem, mas tem que ir numa boa”, prosseguiu.
Sem partido há um ano e meio, Bolsonaro avalia se filiar a uma sigla da qual seja “dono”, o que significa ter assegurado o controle dos diretórios estaduais.
Entre as legendas no radar do presidente, estão: Patriota, DC, PSC e PMB (que recentemente mudou de nome para Brasil 35 em sinalização a Bolsonaro).
Partido do vice-presidente Hamilton Mourão, o PRTB também passou a cortejar Bolsonaro após a morte de seu fundador, Levy Fidelix.
PSL
Bolsonaro afirmou que o PSL, partido pelo qual disputou a Presidência da República em 2018 e saiu vitorioso, foi escolhido em cima da hora. O titular do Planalto e dois de seus filhos venceram as eleições pela sigla. Na esteira do bolsonarismo, a legenda fez a segunda maior bancada da Câmara.
Aos simpatizantes o chefe do Executivo pontuou que há bons deputados na sigla, mas outros nem tanto. Bolsonaro deixou o PSL em novembro de 2019, ao romper com parte da bancada na Câmara dos Deputados após divergências em torno do comando do bloco.
“O PSL foi em cima da hora, tem bons deputados que foram eleitos, outros nem tanto, né? Deu aquela confusão toda, mas tudo bem, toca o barco aí.”
Houve conversas para retorno de Bolsonaro ao PSL, mas a Executiva nacional resiste em aceitar os termos propostos pelo presidente. Uma das exigências feitas foi a exclusão de deputados que hoje fazem oposição ao mandatário, como Junior Bozzella (SP) e Joice Hasselmann (SP).
A resistência deixa legendas nanicas como opção para Bolsonaro e seu grupo político. Para disputar a reeleição em 2022, o presidente precisa estar filiado a um partido político até seis meses antes do pleito.
A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi registrada em vídeo e divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.