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Bolsonaro diz que eleições no Chile foram decididas por omissos

Declaração não corresponde à realidade e foi dada dias após posse do esquerdista Gabriel Boric no Chile, a qual Bolsonaro não foi

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro depois de receber alta médica em SP
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro depois de receber alta médica em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Dias após a posse do novo presidente do Chile, Gabriel Boric, o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que as eleições no país vizinho foram decididas pelos omissos e condenou a abstenção.

A declaração foi dada nesta quinta-feira (17/3), depois de cerimônia de hasteamento da Bandeira Nacional, no Palácio da Alvorada, que foi seguida por reunião ministerial.

“A decisão de vocês vem no voto. Tem eleições este ano, cada um vota em quem achar que pode ajudar a melhorar o seu país. A gente não vai entrar em detalhes outros. É a consciência, o entendimento e a responsabilidade. A pior coisa que você pode fazer é anular seu voto, a pior coisa. Você está delegando a terceiros decidir, então, o futuro do Brasil”, iniciou Bolsonaro.

Apesar do que disse Bolsonaro, segundo o Serviço Eleitoral do Chile (Servel), 8,3 milhões de chilenos votaram no pleito de dezembro de 2021, o que corresponde a 55,4%. Essa participação é histórica e supera os números do Plebiscito Nacional 2020 (50,9%). Desde 2012, o voto no Chile não é obrigatório.

“O pessoal muitas vezes reclama: ‘Ah, o Chile’. O Chile quem decidiu foram os omissos. O pessoal não quis votar em ninguém, a esquerda sempre votou, não reclame. E assim com vários outros países. A democracia é linda, maravilhosa, mas passa pelo eleitor”, continuou.

Bolsonaro decidiu não comparecer à posse de Boric e mandou como representante a Santiago o vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos). O mandatário brasileiro chegou a dizer não se interessar em ir à posse de Boric, da coalizão esquerdista Apruebo Dignidade.

Bolsonaro ignora 75% das posses de presidentes da América do Sul

Reunião ministerial

Nesta quinta, Bolsonaro comanda reunião ministerial para discutir as estratégias das candidaturas dos ministros, que deverão deixar os postos até abril. Ainda não foram anunciados os nomes dos substitutos.

Esta deve ser a última reunião ministerial com a atual formação. O vice-presidente não foi convidado para a agenda.

Bolsonaro diz que nove ministros deixarão governo para se candidatar

Os ministros que devem deixar o governo são:

  1. Tarcísio Gomes de Freitas (Infraestrutura) – Governo/São Paulo;
  2. Onyx Lorenzoni (Trabalho e Previdência) – Governo/Rio Grande do Sul;
  3. João Roma (Cidadania) – Governo/Bahia;
  4. Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos) – Senado/Amapá;
  5. Gilson Machado (Turismo) – Senado/Pernambuco;
  6. Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) – Senado/Rio Grande do Norte
  7. Tereza Cristina (Agricultura) – Senado/Mato Grosso do Sul;
  8. Flávia Arruda (Secretaria de Governo) – Senado/Distrito Federal; e
  9. Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia) – Câmara dos Deputados/São Paulo.

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