Bolsonaro diz que discute “ministério tampão” com Costa Neto e Flávio
Onze ministros devem se desincompatibilizar de seus cargos para poderem concorrer nas eleições em outubro deste ano
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta sexta-feira (18/2) que tem discutido com o presidente do Partido Liberal, Valdemar da Costa Neto, ex-deputado condenado no mensalão, e com seu filho mais velho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), os futuros integrantes dos chamados “ministérios tampões”.
Até o momento, o Palácio do Planalto contabiliza 11 ministérios que terão seus chefes substituídos após o processo de desincompatibilização, em preparativo para as eleições deste ano. A lei determina que autoridades do Executivo federal deixem os respectivos cargos até seis meses antes do pleito, ou seja, até 31 de março.
Mudanças ministeriais às vésperas das eleições costumam ocorrer em todos os governos. Na maioria das vezes, esses cargos são ocupados por interinos, no geral servidores de carreira da própria pasta. As trocas provocam um desfalque momentâneo e, em certa medida, esvaziam os ministérios.
“Temos conversado entre nós. Desses onze [ministérios], alguns eu já tenho os nomes [de quem irá comandar as pastas] definidos. Não quero falar qual é aqui. Outros não. Uns vão ser aí ministérios temporários, tampões, está certo? E haverá uma grande negociação política para isso daí. […] As negociações são mais com o presidente do partido, Valdemar da Costa Neto, com o meu filho Flávio também, tem me ajudado bastante também o Ciro Nogueira, entre outros poucos. […] Estamos acertando”, disse Bolsonaro durante transmissão ao vivo nas redes sociais.
Segundo o presidente, a ideia é que os futuros ministros substitutos não tenham perfis diferentes dos atuais chefes das pastas para, de acordo com Bolsonaro, a estrutura interna e as diretrizes dos órgãos não serem afetadas.
“Pretendemos ouvir os ministros. Já estou ouvindo alguns. Alguns não vou aceitar a indicação deles, mas nenhuma briga entre nós. A indicação vai ser minha para esse ministério tampão para a gente não mexer muito. Se botar um cara diferente lá, o cara vai querer trocar todo mundo. Aí é complica. O elemento tem que ter uma vida pregressa razoável. Não vamos achar santo, mas tudo bem. Tem muita gente boa que não deve nada para ninguém. Deve ter, obviamente a sua prioridade, mas agora tem que ter um certo potencial eleitoral”, afirmou.
Abaixo, veja quem são os ministros que devem deixar a Esplanada dos Ministérios: