Bolsonaro diz que deverá indicar mulheres para compor ministério
Segundo o presidente eleito, os nomes para as pastas de Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura estão “avançados”
atualizado
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O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), disse nesta terça-feira (6/11) que seu ministério “com certeza” terá a participação de mulheres. Questionado sobre a ausência de mulheres entre os nomes anunciados até agora, ele respondeu que não é o caso de trocar um dos nomes “só porque é mulher”, mas sinalizou que pode escolher uma representante para as pastas que ainda estão indefinidas.
“Temos cinco nomes definidos. É o caso tirar um desses e colocar uma mulher no lugar só porque é mulher? Não sei. Tem dez ou doze vagas em aberto, com toda certeza vai ter [mulher]”, disse.
Bolsonaro afirmou que até o fim desta semana pode anunciar pelo menos mais um ministro de seu governo. Segundo ele, os nomes para as pastas de Agricultura, Meio Ambiente, Relações Exteriores e Infraestrutura já estão “avançados”.
Questionado se o General Oswaldo Ferreira será indicado para comandar o ministério da Infraestrutura, Bolsonaro desconversou, mas não negou. Disse apenas que ele é um engenheiro e que tem experiência na área. O futuro presidente destacou que em todos os ministérios colocará “nomes técnicos” que tenham relação com o setor.
“O perfil é quase o mesmo pra todo mundo, ter conhecimento da área, ser patriota, que vai voltar a ser moda essa palavra, ter iniciativa, competência e autoridade, nós queremos isso”.
Heleno na Defesa ou GSI
Ao lado do General Augusto Heleno, também cotado para integrar sua equipe, Bolsonaro disse que ele pode assumir a Defesa ou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Se o General Heleno aceitar ir para o GSI, a Defesa não será comandada por civil e poderá ter como ministro um representante da Marinha, segundo Bolsonaro.
“Quem é que pode se dar ao luxo de se privar da companhia de uma pessoa como o general Heleno? Eu gostaria sim, no que depender de mim, ele irá para o GSI. Mas a Defesa está aberta. Se ele achar que é melhor a Defesa, tudo bem”, comentou.
O presidente eleito espera montar toda a sua equipe ministerial até o fim do mês. Bolsonaro reafirmou que deve reduzir o número de ministérios a 15 ou até 17 pastas e que não vai deixar para decidir “nos 45 do segundo tempo” para que o indicado tenha tempo para se adaptar até o dia 2 de janeiro.