Bolsonaro diz que Cuba não aceitou suas condições para Mais Médicos
No Twitter, presidente eleito disse que salários dos profissionais são destinados à ditadura imposta pelo governo cubano
atualizado
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O futuro presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), usou suas redes sociais para se defender das acusações do governo cubano, que decidiu sair do Programa Mais Médicos, alegando declarações “ameaçadoras e inaceitáveis” aos profissionais de Cuba.
“Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou”, disse Bolsonaro, por meio de seu perfil no Twitter.
Condicionamos à continuidade do programa Mais Médicos a aplicação de teste de capacidade, salário integral aos profissionais cubanos, hoje maior parte destinados à ditadura, e a liberdade para trazerem suas famílias. Infelizmente, Cuba não aceitou.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) November 14, 2018
No twitter, Bolsonaro disse ainda que “além de explorar seus cidadãos ao não pagar integralmente os salários dos profissionais, a ditadura cubana demonstra grande irresponsabilidade ao desconsiderar os impactos negativos na vida e na saúde dos brasileiros e na integridade dos cubanos.”
Em 2016, o presidente eleito chegou a protocolar uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da medida provisória (MD), editada pela ex-presidente Dilma Rousseff, que criou o programa Mais Médicos.
Nesta quarta-feira (14/11), o governo de Cuba comunicou sua retirada do programa Mais Médicos. Em nota divulgada pelo governo do país caribenho, as mudanças anunciadas pelo presidente eleito “violam as garantias acordadas desde o início” com o governo brasileiro.
“As mudanças anunciadas impõem condições inaceitáveis e violam as garantias acordadas desde o início do programa, que foram ratificados em 2016 com a renegociação da cooperação entre a Organização Pan-Americana da Saúde e o Ministério da Saúde do Brasil. Essas condições inadmissíveis impossibilitam a manutenção da presença de profissionais cubanos no Programa”, destaca a nota.