Bolsonaro diz que busca espaço no orçamento para aumentar vale-gás

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta quarta-feira (2/2) que está em contato com a Petrobras para aumentar o valor do vale-gás. Atualmente, o benefício de R$ 52 é pago a famílias de baixa renda.

Durante entrevista ao programa Voz do Brasil, o chefe do Executivo federal declarou que busca recursos no Orçamento para ampliar o auxílio.

“A cada dois meses, em um primeiro momento, 5 milhões de famílias recebem o equivalente a meio bujão de gás. Nós pretendemos aumentar isso daí. Então o contato nosso é com a Petrobras e é buscando sempre espaço no Orçamento”, afirmou Bolsonaro.

Segundo o Ministério da Cidadania, o valor do benefício corresponde a 50% da média do preço do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP).

A região com maior número de beneficiários do programa é o Nordeste, com 2,74 milhões de contemplados. Em seguida, aparece o Sudeste, com 1,78 milhão famílias atendidas pelo subsídio.

Calendário de pagamento

De acordo com o governo, o benefício vai contemplar, ao todo, 5,47 milhões de famílias, e o pagamento seguirá o mesmo cronograma do Auxílio Brasil.

Segundo a pasta, os depósitos serão realizados de acordo com o Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários. Em janeiro, os pagamentos foram depositados até o dia 31.

Apesar de o novo programa começar a valer para a maior parte dos beneficiários nesta terça, 108 mil brasileiros já foram contemplados com o vale-gás. Em dezembro de 2021, o governo entregou o dinheiro para famílias de Minas Gerais e da Bahia atingidas pelas chuvas.

Veja o calendário abaixo:

Quem tem direito ao vale-gás?

• famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) com renda familiar mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo (R$ 606); e
• famílias com integrante com 65 anos ou mais ou deficiente inscrito no Benefício de Prestação Continuada (BPC).

A lei que criou o auxílio estipula que o benefício terá cinco anos de duração e será pago a cada dois meses. As mulheres que são chefes de família terão prioridade para o recebimento do recurso.

Auxílio emergencial

Durante a entrevista desta quarta, o presidente ainda voltou a falar sobre o alcance do auxílio emergencial, que beneficiou trabalhadores informais durante a pandemia de coronavírus. Segundo Bolsonaro, o programa é a “prova” de que ele tem sensibilidade “com os mais necessitados”.

“O que manteve a economia viva, além de manter, obviamente o mínimo de dignidade para os informais, foi o auxílio emergencial. E eu repito. Nós gastamos de auxílio emergencial, em 2020, o equivalente a 15 anos de Bolsa Família. Então não justifica quando alguns me acusam de não ter sensibilidade com os mais necessitados. A prova está aí. São números que não deixaram a economia sucumbir”, declarou.