Bolsonaro diz que auxílio não é para sempre e “é caro demais para a União”
Presidente visitou a Ilha do Marajó nesta sexta (9/10) e participou de evento do Ministério da Mulher na região
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a comentar sobre o custo do auxílio emergencial, que se encerra em dezembro deste ano. O mandatário do país disse que o benefício “é caro demais para a União”. A declaração foi dada durante discurso com cerca de cinco minutos, na cerimônia de ampliação do programa Abrace o Marajó, na cidade de Breves (PA).
No pronunciamento, o chefe do Executivo também se eximiu da responsabilidade pelo fechamento de comércios durante a pandemia, discurso que adotou em ocasiões anteriores. Bolsonaro já pediu a apoiadores que cobrassem de prefeitos e governadores pelo aumento na taxa de desemprego e impactos negativos na economia.
“Lamentavelmente, alguns obrigaram vocês a ficar em casa. Eu não tive participação nisso por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), mas fizemos tudo possível para minimizar a dor, em especial o sofrimento dos mais humildes”, disse durante o evento na Ilha do Marajó.
O mandatário tornou a comentar sobre o fim do auxílio emergencial mas, desta vez, não mencionou a alternativa para ampliar a renda dos mais pobres, pensada a partir do programa Renda Cidadã, substituto do Bolsa Família.
“O auxílio emergencial não é para sempre, tenham isso na cabeça. Até porque é caro demais para a União. É pouco para quem recebe, reconheço, mas é caro demais para a União. Acredito eu, com medidas outras que foram tomadas ao longo desses sete meses, brevemente estaremos de volta à normalidade”.
No início da manhã, Bolsonaro visitou o barco-agência da Caixa Econômica Federal (CEF) e, ao lado do presidente do banco, Pedro Guimarães, e de um funcionário, o presidente da República participou do atendimento a um ribeirinho.