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Bolsonaro diz que artistas apoiavam Lula e Che Guevara com Lei Rouanet

Presidente chama incentivo de “desgraça” e afirma que famosos eram cooptados para apoiar governo do PT

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Marcos Corrêa/PR
05/04/2019 Café da Manhã com Jornalistas
1 de 1 05/04/2019 Café da Manhã com Jornalistas - Foto: Marcos Corrêa/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) deixou um pouco mais claro o nível de sua simpatia pela Lei Rouanet na noite dessa quinta-feira (18/04/19), durante a live semanal que passou a fazer nas últimas semanas. Assim, ele começou os poucos minutos que reservou ao assunto: “Lei Rouanet. Essa desgraça dessa Lei Rouanet. Começou muito bem intencionada e depois virou aquela festa que todo mundo sabe, né? Cooptando artistas e gente famosa para apoiar o governo. Quantas vezes você viu figurões aí, não vou falar nomes não, figurões defendendo ‘Lula Livre’, ‘viva Che Guevara’, ‘o socialismo é o que interessa’, ‘Lula é isso, é aquilo’ em troca da Lei Rouanet?”, questionou.

Sem dar detalhes das mudanças pelas quais a lei deve passar, o anúncio vem sendo protelado desde antes do Carnaval, Bolsonaro voltou a falar na diminuição do teto que vai estabelecer por projeto, de R$ 60 milhões para R$ 1 milhão.

“Artistas recebiam até R$ 60 milhões, ou poderiam receber. Passamos esse limite para R$ 1 milhão. Acho que está alto ainda, mas diminuímos 60 vezes esse valor. Então, mais artistas poderão ser beneficiados e com R$ 1 milhão, com todo respeito, dá pra fazer muita coisa e em especial alavancar esses artistas da terra, raiz, para que, quem sabe, tenham uma carreira bastante promissora no futuro”, disse o presidente.

Os “figurões” aos quais o presidente se refere são artistas que um dia estiveram ideologicamente alinhados, ou ainda estão, ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Chico Buarque é um dos mais visíveis. Apesar de sua postura política, no entanto, ele jamais usou dinheiro da Lei Rouanet.

“Chico Buarque só teve patrocínio em suas últimas três turnês, mas todas com dinheiro de marketing das empresas patrocinadoras, sem uso de incentivo fiscal. Ele nunca aceitou utilizar qualquer tipo de lei de incetivo”, responde por ele seu assessor Mario Canivello.

Caetano e Gil
Caetano Veloso, um crítico ao governo Lula nos últimos anos mas colocado no mesmo bolsão dos “artistas-comunistas-que-mamam-nas-tetas-da-Lei-Rouanet”, segundo o discurso do Planalto e dos apoiadores de Bolsonaro, é outro caso parecido. Seu envolvimento com a Lei Rouanet se restringe a um show do qual não era o proponente, mas sim o artista contratado.

O produtor no caso era Maurício Pessoa, que usou verba da Rouanet para levantar o projeto e que acabou sendo processado pelo artista. Caetano, segundo sua mulher, Paula Lavigne, não recebeu o dinheiro desse show até hoje.

Gilberto Gil usou a lei mais vezes, como no projeto de show, CD e DVD Gil + 10, realizado em 2010, que não passou de R$ 800 mil. Milton Nascimento, Dona Ivone Lara e Martnália também participaram do show.

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