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Bolsonaro diz que Alexandre de Moraes “quer censurar mídias sociais”

O mandatário disse que o juiz do STF patrocina inquéritos sobre disparos em massa apenas para atingir o governo

atualizado

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Presidente Jair Bolsonaro conversa ao celular no planalto
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro conversa ao celular no planalto - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, em entrevista ao Balanço Geral de Maringá (PR), que existe uma perseguição a ele por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O mandatário afirmou que o magistrado patrocina inquéritos sobre disparos em massa apenas para atingir o governo.

“Têm inquéritos lá no Supremo, patrocinados pelo senhor Alexandre de Moraes. Ele vive me acusando de disparo em massa. Quem dispara em massa para mim são as pessoas pelo Brasil, chamadas ‘tias e tios do zap’. Essas pessoas que fazem esse trabalho”, disse Bolsonaro.

Em fevereiro do ano passado, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) julgou improcedentes duas ações para cassar a chapa Bolsonaro/Mourão pela prática de abuso do poder econômico por suposto disparo em massa de mensagens pelo WhatsApp promovendo Bolsonaro e Mourão e atacando os adversários. A legislação eleitoral proíbe a prática de disparo de mensagens.

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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro
No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo
O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF
“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão
Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente
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A relação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, com o presidente Jair Bolsonaro é, de longe, uma das mais tumultuadas do cenário político brasileiro

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No capítulo mais acalorado, no último 7 de Setembro, o presidente chamou o ministro de “canalha” e ameaçou afastá-lo do cargo

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O motivo? Moraes expediu ordem de busca e apreensão contra bolsonaristas e bloqueou contas bancárias de entidades suspeitas de financiar atos contra o STF

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“Sai, Alexandre de Moraes, deixe de ser canalha, deixe de oprimir o povo brasileiro”, disse o presidente diante de uma multidão

Fábio Vieira
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Meses antes, em fevereiro, Moraes havia mandado prender o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ), aliado do presidente

Aline Massuca
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Moraes também é relator de inquéritos em que o presidente e vários de seus aliados aparecem como investigados

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O mais recente é o que investiga Bolsonaro por associar as vacinas contra a Covid-19 com a contração do vírus HIV, causador da aids

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O inquérito motivou o início de mais um round entre os dois

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“Tudo tem um limite. Eu jogo dentro das quatro linhas, e quem for jogar fora das quatro linhas não vai ter o beneplácito da lei. Se quiser jogar fora das quatro linhas, eu jogo também”, disse o presidente

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Alguns meses depois, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal colhesse depoimentos de representantes das empresas acusadas de realizar esses supostos disparos em massa de mensagens durante as eleições de 2018. A decisão ocorreu no âmbito do inquérito que investiga fake news e ataques contra a Corte e os magistrados.

“Não existe disparo em massa. Querem arranjar uma maneira de atingir o governo. O senhor Alexandre de Moraes quer censurar as mídas sociais, isso não pode acontecer, porque é a nossa liberdade de imprensa. A mídia tradicional nada fala a respeito disso aí”, reclamou o chefe do Executivo.

Moraes também foi protagonista em outras ações que investigaram aliados do presidente, o que deixou Bolsonaro ainda mais incomodado. Em março, por exemplo, o magistrado determinou o bloqueio do Telegram no Brasil. Defendida pelo presidente Bolsonaro, o Telegram é uma das redes sociais onde ele também tem mais seguidores.

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