Bolsonaro diz que ações da Petrobras estão voltando à normalidade
Na segunda (22/2), ações da Petrobras caíram 21%. Prejuízo foi de quase R$ 75 bilhões em valores de mercado após troca no comando da estatal
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta quinta-feira (25/2) que “houve um exagero” e um “rebuliço” acerca do anúncio feito na semana passada sobre a mudança no comando da Petrobras. O chefe do Executivo federal também disse que as ações da petroleira já estão “chegando na normalidade”.
“Houve um exagero quando nós anunciamos […]. Houve um rebuliço no mercado. Muita especulação, você entende disso. Muita gente ganhou dinheiro. Muitos espertalhões ganharam dinheiro, muita gente mais inocente perdeu dinheiro”, declarou Bolsonaro.
“As ações da Petrobras caíram mais de 20% naquela segunda-feira [22/2]. Eu anunciei na sexta [19/2] à noite. Na segunda-feira perdeu 20%. No outro dia, na terça-feira [23/2], recuperou 12%. Na quarta [24/2] mais um pouco, que já está chegando na normalidade”, prosseguiu.
As declarações foram feitas durante transmissão ao vivo nas redes sociais e após a estatal ter perdido, na segunda-feira (22/2), quase R$ 75 bilhões em valor de mercado.
Foi a segunda maior queda diária em valor da mercado da Petrobras desde o início do Plano Real. Na sexta-feira (19/2), a petroleira já tinha encolhido R$ 28 bilhões. Na terça (23/2), as ações da estatal subiram 10%.
Troca no comando
As quedas nas ações da petroleira foram motivadas após anúncio de troca no comando da Petrobras em razão da alta no preço dos combustíveis. Bolsonaro indicou o general da reserva Joaquim Silva e Luna na semana passada.
Ele assumirá o cargo de presidente no lugar de Roberto Castello Branco. A mudança, entretanto, precisa do aval do Conselho de Administração da Petrobras.
Sob as acusações de interferência na Petrobras, Bolsonaro disse, na terça (23/2), que “não tem briga com a Petrobras”, mas que quer “previsibilidade” da estatal.
“Energia é uma coisa extremamente importante para nós. Não temos briga com a Petrobras, queremos que cada vez mais ela possa nos dar transparência e previsibilidade. Não precisamos esconder reajuste ou seja lá o que for o que integra o preço final dos combustíveis”, disse o presidente.