Bolsonaro diz “buscar alternativas” sobre processo de inelegibilidade no TSE
Processo que pode resultar em inelegibilidade de Jair Bolsonaro deve ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral ainda neste mês
atualizado
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Antes mesmo de ser julgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Jair Bolsonaro (PL) fala em buscar “alternativas” se for condenado no processo e, consequentemente, ter inelegibilidade confirmada. O ex-presidente participou de evento realizado nesta quarta-feira (14/6) para filiação do ex-ministro da Saúde Marcelo Queiroga no Partido Liberal.
“Vamos ter uma missão difícil. Sempre tenho falado para a pessoas que, mais importante do que João Pessoa [o partido lançou Queiroga como prefeito da capital paraibana], está o nosso Brasil. As cartas estão na mesa. Não adianta termos uma excelente bancada pelo Brasil, se a política nacional se enveredar para um outro lado”, iniciou Bolsonaro.
Nesse sentido, Bolsonaro disse ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto, saber como como funcionam a política e a Justiça brasileira. “Aconteça o que acontecer, a gente se prepara com muita altivez para buscar alternativas. A vida nossa não é fácil, mas tudo bem, a gente enfrenta esse obstáculo”, comentou o ex-presidente.
Ele estava ao lado, além de Queiroga, dos deputados Sanderson (PL-RS), Bia Kicis (PL-DF), do senador Magno Malta (PL-ES) e do seu ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto (PL).
“A vida de candidato ao Executivo não é fácil. (…) Mas acho que contribuí bastante com o futuro do país com muitos de vocês, e posso contribuir ainda, aconteça o que acontecer. Ninguém vai mudar nossa maneira de agir porque uns poucos querem, na marra, trabalhar por um regime que não deu certo em lugar nenhum”, finalizou Bolsonaro.
Julgamento
A análise da ação de Bolsonaro no TSE foi marcada pelo ministro Alexandre de Moraes para o dia 22/6. Trata-se de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije).
Em maio, o Ministério Público Eleitoral (MPE) se manifestou a favor de que o ex-mandatário da República seja impedido de concorrer às eleições de 2026 e 2030, por entender que houve abuso de poder político.
Na ação prestes a ser julgada, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) alega que Bolsonaro, em reunião com diplomatas que estavam no país, proferiu discurso — amplamente divulgado na internet e transmitido pela TV Brasil — sustentando a ocorrência de fraudes no sistema de votação digital, utilizado no país desde 1996.