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Bolsonaro diz a presidente eleito do Equador que pretende ir à posse

O ex-banqueiro e candidato da direita Guillermo Lasso foi eleito no último domingo (11/4). Bolsonaro faz gesto de aproximação

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Presidente Jair Bolsonaro
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse ter conversado nesta sexta-feira (16/4) com o presidente eleito do Equador, Guillermo Lasso, e afirmou que pretende comparecer, “se Deus permitir”, à cerimônia de posse em Quito, no dia 24 de maio.

“Reafirmei minha admiração pelo povo equatoriano e meu compromisso com o avanço das relações entre nossos países. Também saudei sua vitória, que reforçará nossa luta em defesa da democracia e da liberdade na região”, escreveu Bolsonaro nas redes sociais.

Veja:

O ex-banqueiro e candidato da direita Guillermo Lasso venceu o adversário Andrés Arauz na disputa de segundo turno de domingo (11/4). De esquerda, Arauz era apoiado pelo ex-presidente Rafael Correa.

Bolsonaro prontamente cumprimentou Lasso pela vitória. A saudação antecipada contrasta com cumprimentos realizados tardiamente a chefes eleitos democraticamente, porém, com perfis mais progressistas.

No primeiro turno, em fevereiro, Arauz ficou em primeiro lugar, com 32,7%, contra 19,74% de Lasso e 19,39% do advogado Yaku Pérez, candidato do movimento indígena Pachakutik.

Pérez alegou fraude para afastá-lo da disputa final e pediu uma recontagem da maior parte dos votos, que foi negada pelo Conselho Eleitoral.

Apesar da vitória, a coalizão de Lasso ganhou apenas 31 cadeiras no Congresso, enquanto a Aliança União pela Esperança, de Arauz, tem 49, e a Esquerda Democrática, do ex-candidato presidencial Xavier Hervas, elegeu 18 deputados.

Crise econômica

Guillermo Lasso substituirá Lenín Moreno, que deixa o cargo sob críticas pela gestão da pandemia do coronavírus e os efeitos que a crise provocou na economia.

Conservador, representa a direita tradicional do Equador e conta com o apoio de empresários. A posse está prevista para ocorrer em 24 de maio.

O Equador está mergulhado numa grave crise econômica — em 2020, o PIB despencou 8,9% — e sanitária — os casos de infecção por Covid-19 atingiram 345 mil, e os óbitos, 17.275.

O atual governo do presidente Moreno é rejeitado por cerca de 80% da população. Moreno, que foi vice-presidente de Correa, venceu em 2017 com o respaldo do então presidente, mas acabou se distanciando e até mesmo promovendo a perseguição de membros do governo anterior.

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