Bolsonaro diz a ministros que vai indicar André Mendonça ao STF
Anúncio foi feito em reunião ministerial na manhã desta terça-feira (6/7), no Palácio da Alvorada. Mendonça é evangélico
atualizado
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Em reunião ministerial na manhã desta terça-feira (6/7), no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que irá nomear o advogado-geral da União, André Mendonça, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) que será aberta em meados de julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello.
A informação foi antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, e confirmada pelo Metrópoles com dois ministros presentes na reunião. Segundo relatos, o anúncio foi recebido com palmas pelos presentes.
A indicação de Mendonça cumpre a promessa do presidente de designar alguém “terrivelmente evangélico” para a Corte. Mendonça é bacharel em teologia, pastor e frequentador da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília. Integrantes da bancada evangélica no Congresso davam como certa a indicação.
Aposentadoria de Marco Aurélio
O atual decano da Corte, Marco Aurélio Mello, irá se aposentar no dia 12 de julho, para “diminuir ao máximo” o número de processos que ficarão em seu gabinete.
Presente no Supremo desde 1990, o ministro foi indicado pelo então presidente Fernando Collor de Mello, de quem é primo.
No início de junho, o presidente do STF, Luiz Fux, pediu ao presidente Jair Bolsonaro que aguardasse a saída de Marco Aurélio para indicar um novo ministro.
“Fux pediu que, por cortesia, o presidente da República aguarde a aposentadoria do Ministro Marco Aurélio Mello, que será no início de julho, antes de indicar um novo nome para o cargo”, informou o STF após reunião entre os dois chefes de Poderes.
Na última quinta-feira (1º/7), em sua última sessão no STF, Marco Aurélio prestou apoio a dois nomes considerados como no páreo pelo cargo: André Mendonça e o procurador-geral da República, Augusto Aras.
Em meio à sessão solene, ao agradecer os discursos que recebeu, um deles feito por Mendonça, o decano enfatizou as “palavras muito amáveis” do chefe da Advocacia-Geral da União (AGU) e declarou o seu apoio à indicação dele para a vaga.