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Bolsonaro divulga taxa do cheque especial após crítica da OAB

Entidade enviou ofício ao Banco Central pedindo a revogação da cobrança da modalidade de crédito para os clientes

atualizado

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Bolsonaro na cerimonia do dia do aviador
1 de 1 Bolsonaro na cerimonia do dia do aviador - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) usou sua conta no Twitter, na tarde desta quinta-feira (02/01/2020), para divulgar e justificar mudanças nas regras do cheque especial definidas pelo Banco Central (BC) e pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) enviou, no dia 20 de dezembro de 2019, um ofício para o presidente do BC, Roberto Campos, pedindo a revogação da cobrança de disponibilização da modalidade de crédito para os clientes.

Em novembro, o CMN definiu que bancos poderão cobrar uma tarifa de 0,25% de clientes com limites de crédito superiores a R$ 500, ainda que o produto não seja usado. Na rede social, o mandatário da República destaca que houve a fixação do limite de juros de 8% ao mês sobre o cheque especial e justifica a tarifa pelo uso.


O chefe do Executivo disse também que a Caixa Econômica Federal pratica juros de 4,5% ao mês para os clientes que recebem o salário pelo banco. Mais cedo, ele se encontrou, fora da agenda, com o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, no Palácio do Planalto.

OAB
Para o presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, a previsão de cobrança pela mera disponibilização do serviço “fragiliza a proteção do consumidor”, que, segundo ele, “conta com amplo amparo em nosso ordenamento jurídico, no nível constitucional e infraconstitucional”.

A OAB lembra que na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.591, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que as instituições financeiras estão alcançadas pela incidência das normas do Código de Defesa do Consumidor.

Assim, a Ordem ressalta que “o consumidor não pode ficar sujeito à cobrança de tarifa pela disponibilização de cheque especial, independentemente da efetiva utilização do serviço”.

Essa previsão, segundo Santa Cruz, “claramente coloca o consumidor em uma situação de desvantagem exagerada, ao arcar com um gravame por algo de que não usufruiu, o que desequilibra a relação contratual”.

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