Bolsonaro discute combustíveis nesta 4ª após cancelar agenda no Rio
Reunião vai ocorrer às 11h, no Palácio do Planalto, com presença dos ministros da Economia, de Minas e Energia e Casa Civil
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) comanda, nesta quarta-feira (9/3), reunião ministerial para tratar da questão do aumento do preço dos combustíveis. O governo avalia a criação de um novo programa de subsídio aos combustíveis, com validade de três a seis meses, para compensar a alta do barril internacional do petróleo decorrente da invasão russa à Ucrânia.
Participam da reunião, no Palácio do Planalto, os ministros Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Bento Albuquerque (Minas e Energia), além de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
Em razão da reunião, Bolsonaro cancelou agenda programada para esta quarta no Rio de Janeiro, onde faria entregas de aparelhos auditivos em um hospital municipal de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, e visitaria um colégio da Polícia Militar que leva o nome do pai.
Bolsonaro disse, no início da semana, que o país tem alternativa para contornar a questão “de forma bastante responsável” e sem gerar “sobressalto” ao mercado.
A proposta do governo federal é estipular um valor fixo de referência para a cotação dos combustíveis e subsidiar a diferença entre esse valor e a cotação internacional do petróleo.
Projetos no Senado
Antes das reuniões no Palácio do Planalto, o ministro Paulo Guedes se reúne com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), na residência oficial, na manhã desta quarta. Também participa do café da manhã o senador Jean Paul Prates (PT-RN), relator de dois projetos sobre o preço dos combustíveis.
Os projetos estão pautados para votação no Senado na tarde desta quarta-feira. Um deles cria um fundo de estabilização para conter fortes altas e amenizar a paridade. A equipe econômica não vê com bons olhos essa proposta. O outro texto muda o cálculo do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre os combustíveis.
Convite ao presidente da Petrobras
Na terça-feira (8/3), a Comissão de Assuntos Econômicos do Senado aprovou requerimento de convite ao presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, para explicar a política de distribuição de dividendos aos acionistas da empresa.
Segundo o convite, a estatal teria distribuído R$ 101 bilhões de dividendos da empresa aos acionistas em 2021. Diferentemente de convocação, Silva e Luna não é obrigado a comparecer.