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Bolsonaro desiste de pronunciamento e indica que vai participar de protesto

Segundo o Planalto, presidente aguarda definição sobre novo nome para o Ministério da Saúde antes de falar em rede nacional de rádio e TV

atualizado

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O presidente Jair Bolsonaro desistiu do pronunciamento que faria em rede nacional de rádio e televisão neste sábado (16/05), no qual defenderia, mais uma vez, o fim de medidas de isolamento social contra a crise do coronavírus. A informou foi confirmada pea Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.

A ideia é aguardar até que haja uma definição do novo titular do Ministério da Saúde depois que Nelson Teich deixou o cargo, na sexta (15/05). Ainda não há previsão para a substituição definitiva do ministro. Com a saída de Teich, o secretário executivo do ministério, general Eduardo Pazuello, assumiu interinamente a pasta.

No fim da tarde de hoje, Bolsonaro saiu rapidamente para cumprimentar cerca de 50 apoiadores que o aguardavam na portaria do Palácio da Alvorada, uma das residências oficiais da Presidência, e indicou que deve participar de novas manifestações favoráveis ao governo neste domingo. “Onze horas na rampa”, comentou, em referência à rampa do Palácio do Planalto, de onde costuma acompanhar os protestos.

No passeio deste sábado na frente do Alvorada, Bolsonaro disse que não falaria com jornalistas. Indagado por profissionais da imprensa sobre a escolha do novo ministro da Saúde, o presidente permaneceu em silêncio.

Bolsonaro também assistiu à cerimônia de troca da Bandeira Nacional no Alvorada. A alguns metros, dezenas de apoiadores aglomeravam-se para tirar fotos e acompanhar a cena. Pouco antes, quando algumas pessoas pediram para fazer um registro mais próximo, Bolsonaro negou. “Se eu chegar perto, vocês vão ver a festa que [a imprensa] vai fazer”, disse o presidente, em referência aos jornalistas presentes no local.

A intenção de fazer o novo pronunciamento – o sexto desde o início da crise – foi revelada pelo presidente na última quinta (14/05), durante videoconferência com empresários no Palácio do Planalto. “Nós temos que ter mais do que comercial de esperança, transmitir a confiança. Tanto é que vamos ter um pronunciamento gravado para sábado à noite nessa linha”, disse na ocasião.

O presidente defende uma abertura geral de estabelecimentos comerciais e o chamado “isolamento vertical” – que vale apenas para idosos e doentes.

Cloroquina

Pelo Twitter, Bolsonaro voltou a defender, neste sábado, o uso da cloroquina, que ainda não tem eficácia comprovada para o tratamento da Covid-19. Na rede social, Bolsonaro compartilhou uma frase na qual diz que “um dos efeitos colaterais da cloroquina, remédio baratíssimo, é prevenir a corrupção”. A cloroquina tem sido indicada com precaução por médicos principalmente devido aos riscos cardíacos.

Um dos motivos que ocasionou a saída do ex-ministro Nelson Teich do governo foi justamente a pressão de Bolsonaro para que a Saúde recomendasse formalmente o uso da cloroquina até mesmo em pacientes com sintomas leves da Covid-19.

Após a exoneração de Teich, Bolsonaro determinou que o ministro interino, general Eduardo Pazuello, assine uma medida com a ampliação do uso da cloroquina. Atualmente, a pasta orienta profissionais do sistema público de saúde a prescrever a substância apenas em casos moderados ou graves.

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