Bolsonaro: desemprego é culpa do “fecha tudo” e do “te prendo”
Presidente voltou a criticar governadores ao compartilhar vídeo de morador do Pará reclamando de medidas do governador Helder Barbalho
atualizado
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Dois dias depois de dizer que manteria seus passeios por Brasília, apesar da quarentena destinada a diminuir a propagação do novo coronavírus, porque ninguém tolheria seu “direito de ir e vir“, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi ao Twitter compartilhar vídeo de um apoiador com críticas às medidas de isolamento. Para ele, ações “desproporcionais” gera reações “fortes”.
Junto ao registro, ele escreveu: “Além do vírus, agora também temos o desemprego, fruto do ‘fecha tudo’ e ‘fica em casa’, ou ainda o ‘te prendo'”. A última expressão é uma alusão ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que admitiu cogitar prisão para quem desrespeitar o isolamento.
“O governo federal busca o diálogo e solução para todos os problemas, e não apenas um”, alfinetou o presidente. Desde o início das medidas restritivas do comércio e de circulação de pessoas, necessárias para conter a disseminação do novo coronavírus, Bolsonaro vem pregando publicamente a minimização dessas medidas e quebrando, ele mesmo, o isolamento.
O vídeo publicado por ele é supostamente do Pará, governado por Helder Barbalho (MDB). “Governador quis fechar as rodovias, ato de um ditador lutando contra nosso presidente Jair Messias Bolsonaro, comunidade se revoltou, agora fechou foi tudo, não passa caminhão, não passa nada. É para impedir o direito de ir e vir”, afirma a pessoa que gravou as imagens.
No sábado (11/04), Bolsonaro também usou o Twitter para criticar as ações de governadores e dizer que as medidas de isolamento adotadas por eles prejudicam a economia.
– Além do vírus, agora também temos o desemprego, fruto do “fecha tudo” e “fica em casa”, ou ainda o “TE PRENDO”.
– Para toda ação desproporcional a reação também é forte. O Governo Federal busca o diálogo e solução para todos os problemas, e não apenas um. pic.twitter.com/CfeMjrN7r8— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) April 12, 2020