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Bolsonaro desembarca nos EUA, onde ficará por pelo menos um mês

Bolsonaro deixa o cargo neste sábado (31/12). Com a viagem ao exterior, ele não passará faixa presidencial para Lula

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O presidente Bolsonaro desembarca de avião, descendo escada acompanhado da primeira-dama Michelli. Ele faz sinal de joia com a mão - Metrópoles
1 de 1 O presidente Bolsonaro desembarca de avião, descendo escada acompanhado da primeira-dama Michelli. Ele faz sinal de joia com a mão - Metrópoles - Foto: Alan Santos/PR

O presidente Jair Bolsonaro (PL) desembarcou, na noite dessa sexta-feira (30/12), em Orlando, nos Estados Unidos, onde passará por um “período sabático”. Ele ficará longe dos holofotes por pelo menos um mês. O mandatário deixa o comando do Palácio do Planalto neste sábado (31/12).

Bolsonaro deixou o Brasil na tarde de sexta. Ele saiu do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, em carros descaracterizados, sem chamar a atenção da imprensa e de apoiadores que estavam no local.

O embarque ocorreu horas após a realização de sua última live como mandatário do país. Na transmissão dessa sexta, que durou 52 minutos, Bolsonaro disse que não deixará de fazer oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assume seu terceiro mandato à frente da Presidência da República, em 1º de janeiro.

Veja a íntegra da live do presidente:

Segundo o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles, o presidente Jair Bolsonaro se hospedará na mansão do ex-lutador do UFC José Aldo, em Orlando.

A viagem ao exterior fez com que Jair Bolsonaro escalasse o seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos), para pronunciamento em rede nacional na noite deste sábado. Trata-se da tradicional mensagem de fim de ano do governo. A declaração ocorrerá às 20h e terá duração de sete minutos.

Assim como acontecerá neste sábado, em 24 de dezembro o atual presidente quebrou uma tradição do próprio governo e de mandatários anteriores ao decidir não fazer qualquer pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão na véspera do Natal. Foi a primeira vez, nos quatro anos de mandato, em que o chefe do Executivo não discursou à nação nessa data.

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Última live do mandato

Após dois meses sem realizar as tradicionais lives semanais, Bolsonaro fez transmissão nas redes para fazer balanço de sua gestão. Desde que foi derrotado nas eleições deste ano, ele adotou uma agenda fechada, com poucos compromissos oficiais e raras aparições públicas.

O atual presidente disse que o governo de Lula já começa “capenga” e que não irá “jogar a toalha” ou “deixar de criticar” a nova gestão. Ele ainda afirmou que o “mundo não vai acabar em 1º de janeiro”, dia em que iniciará o mandato do petista.

“O quadro que está na frente agora, a partir de 1º de janeiro, não é bom. Não é por isso que nós vamos jogar a toalha, deixar de fazer oposição, deixar de criticar, deixar de conversar com os seus vizinhos, agora com muito mais propriedade, com muito mais conhecimento”, disse Bolsonaro durante sua última live como mandatário do país.

Bolsonaro se emocionou no decorrer da transmissão e disse que deu “o seu melhor” no comando do Palácio do Planalto. “Se cheguei [à Presidência], teve um propósito. Se você está chateado, está constrangido, se coloque no meu lugar. Quantas vezes eu pergunto onde errei, o que podia ter feito de melhor. Eu tenho convicção: dei o melhor de mim. Muito sacrifício de quem estava do meu lado, em especial a minha esposa [Michelle Bolsonaro], minha filha e enteada [Laura e Letícia]. E vocês também sofreram. Sofrem agora”, pontuou.

Fora do poder

Nesta semana, Jair Bolsonaro definiu a equipe que vai acompanhá-lo assim que ele deixar o comando do país.

Na condição de ex-presidente da República, ele tem direito de nomear até oito assessores, que serão remunerados com salários que podem chegar a R$ 13,6 mil e terão despesas com passagens aéreas e diárias de viagens pagas pelo governo.

Pela primeira vez em 34 anos, o atual presidente não terá um cargo político. Para além dos benefícios da posição que ocupou e da aposentadoria a que tem direito pela Câmara dos Deputados, Bolsonaro deve assumir o posto de líder da direita para as próximas eleições. O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, acertou que a sigla bancará as despesas de Bolsonaro a partir de 2023, que será convidado para ser presidente de honra da legenda.

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos
Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois
Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais
Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)
Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam
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Jair Messias Bolsonaro, nascido em 1955, é um capitão reformado do Exército e político brasileiro. Natural de Glicério, em São Paulo, foi eleito 38º presidente do Brasil para o mandato de 2018 a 2022

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Descendente de italianos e alemães, Bolsonaro recebeu o primeiro nome em homenagem ao jogador Jair Rosa Pinto, do Palmeiras, e o segundo, Messias, atribuído por Olinda Bonturi, mãe do presidente, a Deus, após uma gravidez complicada. Na infância, era chamado de Palmito pelos amigos

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Ingressou no Exército aos 17 anos, na Escola Preparatória de Cadetes. Em 1973, foi aprovado para integrar a Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), formando-se quatro anos depois

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Dentro do Exército, Bolsonaro também integrou a Brigada de Infantaria Paraquedista, serviu como aspirante a oficial no 21º e no 9º Grupo de Artilharia de Campanha (GAC), cursou a Escola de Educação Física do Exército, serviu no 8º Grupo de Artilharia de Campanha Paraquedista e, em 1987, cursou a Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

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Em 1986, Jair foi preso por 15 dias, enquanto servia como capitão, por ter escrito um artigo para a revista Veja criticando o salário pago aos cadetes da Aman. Contudo, dois anos após o feito, foi absolvido das acusações pelo Superior Tribunal Militar (STM)

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Em 1987, novamente respondeu perante o STM por passar informação falsa à Veja. Na ocasião, o até então ministro do Exército recebeu da revista um material enviado pelo atual presidente sobre uma operação denominada Beco Sem Saída, que teria como objetivo explodir bombas em áreas do Exército como protesto ao salário que os militares recebiam

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A primeira investigação realizada pelo Conselho de Justificação Militar (CJM) concluiu que Bolsonaro e outros capitães mentiram e determinou que eles deveriam ser punidos. O caso foi levado ao Superior Tribunal Militar, que, por outra vez, absolveu os envolvidos. De acordo com uma reportagem da Folha à época, foi constatado pela Polícia Federal que, de fato, a caligrafia da carta enviada à Veja pertencia a Jair

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Em 1988, Bolsonaro foi para a reserva do Exército, ainda com o cargo de capitão, e, no mesmo ano, iniciou a carreira política. Em 1988, foi eleito vereador da cidade do Rio de Janeiro e, em 1991, eleito deputado federal. Permaneceu como parlamentar até 2018, quando foi eleito presidente da República

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Durante a carreira, Bolsonaro se filiou a 10 legendas: Partido Democrata Cristão (PDC), Partido Progressista Reformador (PPR), Partido Progressista Brasileiro (PPB), Partido da Frente Liberal (PFL), Partido Progressistas (PP), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido Social Cristão (PSC), Partido Social Liberal (PSL) e, atualmente, Partido Liberal (PL)

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É casado com Michelle Bolsonaro, 40 anos, e pai de Laura Bolsonaro, 11, Renan Bolsonaro, 24, Eduardo Bolsonaro, 38, Carlos Bolsonaro, 39, e Flávio Bolsonaro, 41, sendo os três últimos também políticos

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Em 2018, enquanto fazia campanha eleitoral, Jair foi vítima de uma facada na barriga. Até hoje o atual presidente precisa se submeter a cirurgias por causa do incidente

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Eleito com 57.797.847 votos no segundo turno, Bolsonaro coleciona polêmicas em seu governo. Além do entra e sai de ministros, a gestão de Jair é acusada de ter corrupção, favorecimentos, rachadinhas, interferências na polícia, ataques à imprensa e a outros poderes, discurso de ódio, disseminação de notícias faltas, entre outros

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Programas sociais, como o Vale-gás, Alimenta Brasil, Auxílio Brasil e o auxílio emergencial durante a pandemia da Covid-19, foram lançados para tentar ajudar a elevar a popularidade do atual presidente

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De olho na reeleição em 2022, Bolsonaro se filiou ao Partido Liberal (PL). O vice de sua chapa nas eleições deste ano é o general Walter Braga Netto

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