Bolsonaro desdenha de diretor-geral da OMS: “Não é médico”
Formado em biologia, Tedros Adhanom Ghebreyesus tem mestrado e doutorado na área de saúde, além de experiência com epidemias
atualizado
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quinta-feira (23/04), durante transmissão ao vivo nas redes sociais, que o diretor-presidente da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, “não é médico”.
“Estou respondendo processos dentro e fora do Brasil, sendo acusado de genocídio, por ter defendido uma tese diferente da OMS. Pessoal fala tanto em seguir a OMS. O diretor-presidente da OMS é medico? Não é medico! Sabia disso?”, disse o presidente.
“É a mesma coisa de falar, aqui no Brasil, que o presidente da Caixa não fosse alguém da economia. Não tem cabimento. Se eu fosse presidente da Caixa, com todo respeito, não ia fazer nada lá. Se você viesse para o Exército, não ia fazer nada lá também”, acrescentou, direcionando este último comentário ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, que participou da live ao lado de Bolsonaro.
De fato, Tedros Adhanom Ghebreyesus não é médico, mas biólogo. Eleito para comandar a OMS em maio de 2017 – para um mandato de cinco anos –, o etíope ficou mais conhecido entre o público em geral devido aos discursos quase que diários para relatar a situação da pandemia do coronavírus no mundo.
Adhanom tem doutorado em Saúde Comunitária pela Universidade de Nottingham e um mestrado em Imunologia de Doenças Infecciosas pela Universidade de Londres, ambas no Reino Unido.
Além disso, o Dr. Tedros, como é conhecido, tem experiência em operar medidas emergenciais durante epidemias.
Logo após assumir o comando da OMS, Tedros determinou algumas prioridades de seu mandato, como saúde universal, emergências sanitárias e saúde de mulheres, crianças e adolescentes, além dos impactos das mudanças climáticas na saúde.