Bolsonaro descarta tabelar preços na base do “canetaço e na mão grande”
“Obviamente, temos a preocupação de combater excessos, mas ninguém vai tabelar nada e nem interferir no mercado”, disse o presidente
atualizado
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Em conversa com apoiadores, ao chegar no Palácio da Alvorada na noite desta segunda-feira (14/9), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a descartar qualquer tipo de tabelamento de preços na base do “canetaço” e diminuição de tarifas “na mão grande”. O que, segundo ele, já “foi feito no passado e não deu certo”.
As declarações foram em resposta a um bolsonarista que cobrou do presidente a diminuição dos preços dos combustíveis e do arroz, além da redução de outros impostos e tarifas. “Não posso frazer coisas na canetada não, tá? Não sou dono da minha caneta. Tem coisas que eu tenho que observar a legislação aí”, ressaltou.
No bate-papo com seus admiradores, Bolsonaro, intercalando tiradas bem-humoradas com momentos mais circunspectos, assegurou que nenhum preço será tabelado. “Obviamente, temos a preocupação de combater possíveis excessos, mas ninguém vai tabelar nada e nem interferir no mercado“, reiterou.
Muito papel na praça
O presidente, que novamente permitiu que pessoas se aproximassem dele sem máscara, ainda falou à plateia sobre o aumento nos preços de alguns produtos, de acordo com ele porque “houve um excesso de recursos no mercado, com quase R$ 50 bi por mês, muito papel na praça, aí veio a inflação”.
Porém, mesmo com o aumento do consumo e a volta do fantasma da inflação, o presidente procurou acalmar os apoiadores: “Não tem que ninguém se apavorar ou querer fazer reserva de mantimentos em casa”. Para ele, “o mercado vai se acertando. A gente espera que a situação se normalize o mais rápido possível”.