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Bolsonaro desafia imprensa brasileira: “Me chama de corrupto, porra”

“As estatais e bancos oficiais cansaram de dar dinheiro pra vocês. Acabou  a mamata. Continuem escrevendo mentiras e besteiras aí”, disse

atualizado

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Bolsonaro e Eduardo 3
1 de 1 Bolsonaro e Eduardo 3 - Foto: Reprodução

O presidente Jair Bolsonaro foi o entrevistado d0 programa “O Brasil precisa saber“, via YouTube, neste sábado (19/12), comandado pelo próprio filho 03, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). E um dos principais alvos da conversa foi a imprensa, à qual o presidente acusou de criticá-lo por não poder apontar corrupção em seu governo. E lançou um desafio: “Me chama de corrupto, porra”.

“Não tem mais grana mole prá vocês, acabou a teta”, procovou. Bolsonaro ainda disse, fazendo mistério, que “no ano que vem tem mais surpresa para vocês”. “O povo tem que saber a verdade. A imprensa que não escreve a verdade acaba se distinguindo por si só”, fustigou.

Bolsonaro ressaltou que jamais tentou controlar a imprensa brasileira e disse que quem tentou o controle social da mídia foi o PT. “Que vocês admiravam”. O presidente afirmou que o Partido dos Trabalhadores controlava a imprensa “com grana”.

“As estatais e bancos oficiais cansaram de dar dinheiro pra vocês. Acabou  a mamata. Continuem escrevendo mentiras e besteiras aí. O fim de vocês está próximo, porque o povo não ageunta mais vocês”, arrematou.

O canal “O Brasil precisa saber” se coloca como uma antítese à imprensa tradicional. “Uma imprensa canalha, que não vale nada”, atacou o presidente. “Que só faz propagar fake news. Mentem descaradamente”. Aos apoiadores, disse: “Não leiam esse lixo”.

Pandemia no fim

Na entrevista ao 03, no dia em que o Brasil contabilizou 186.205 óbitos e 7.200.708 casos de Covid-19, o presidente voltou a minimizar os dados e disse que a “pandemia realmente está chegando ao fim”. Segundo ele, os números “têm mostrado isso aí”, embora levantamento da Universidade John Hopkins indiquem que houve 18,65 milhões de novos casos no mundo em novembro, o maior número registrado em um período de 30 dias desde o início da pandemia.

Para Bolsonaro o que está ocorrendo no Brasil, onde o número de casos da doença também tem crescido, é uma “pequena ascenção, que chamam de pequeno repique, que pode acontecer”.

Mesmo a os números mostrando o contrário do que diz o presidente, ele reafirmou que a pressa em se ter uma vacina não se justifica, pois, ele acrescentou, isso mexe com a vida das pessoas. “Vão inocular algo em você. O seu sistema imunológico pode reagir, ainda de forma imprevista”, observou.

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